Brasília, 22/6/2004 (Agência Brasil - ABr) - O dia de hoje no Congresso Nacional será dedicado às homenagens ao ex-governador e presidente do PDT, Leonel Brizola, que morreu, o Rio, aos 82 anos, vítima de enfarto.
Na Câmara dos Deputados, a votação do salário mínimo foi adiada e a sessão ordinária da tarde será dedicada ao político gaúcho. No Senado, a Ordem do Dia deverá ser suspensa e os senadores devem usar a tribuna para prestar as últimas homenagens ao líder pedetista.
O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), lamentou nesta manhã a morte de Brizola: "com a sua morte, nós temos a perda de um pedaço da história política do país, nos últimos 50 anos, que ele marcou com sua personalidade forte e com aquele nativismo patriótico que marcou a sua personalidade".
Sarney lembrou que Leonel Brizola possuía uma personalidade que não comportava a neutralidade, com participações importantes na história do país. "Ele era um homem que gostava da controvérsia, da divergência, era parte da sua personalidade".
O presidente do Senado informou que a Casa deverá realizar uma sessão preliminar de homenagem a Brizola com o encaminhamento de requerimentos de pesar pelo falecimento do ex-governador. "Acho que de uma maneira excepcional, a sessão deve ser levantada". Quando o presidente do Senado declara que a sessão "está levantada", suspendem-se os todos os trabalhos do plenário.
Sarney informou que amanhã as atividades do plenário deverão ser retomadas e citou uma frase do ex-presidente Castelo Branco: "o cemitério está cheio de insubstituíveis, todos nós vamos morrer".
"Embora lamentando a morte do Brizola, ele vai compreender evidentemente que a vida política deve continuar e o Congresso tem de funcionar e o mundo se faz de gerações e gerações que se sucedem, cada uma podendo contribuir para o seu tempo", destacou José Sarney.
Sobre a votação da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que altera o número de cadeiras de vereadores nas câmaras municipais, Sarney informou que a questão será encaminhada pelos líderes partidários.
José Sarney declarou que representantes do Senado devem participar do velório de Leonel Brizola. O ex-governador do Rio morreu ontem, aos 82 anos, vítima de um enfarto