Brasília, 22/6/2004 (Agência Brasil - ABr) - O líder do Governo na Câmara, deputado Professor Luizinho (PT-SP), considerou os resultados da pesquisa CNT/Sensus, que apontam para a queda na popularidade do presidente Lula, como "profundamente momentânea e extemporânea". Segundo ele, o presidente Lula teve como fator de redução da popularidade o que ele fez de bom, "porque o país voltou a crescer, gerar rendas e pessoas que já tinham abandonado a possibilidade de encontrar emprego, readquiriram ânimo e energia para buscar o emprego".

Segundo o deputado, essas esperanças fizeram engordar os índices daqueles que voltam a procurar emprego. "É pelo que o governo está fazendo de bom, é o crescimento, é a esperança de encontrar um emprego. É isso que nos dá a certeza, a determinação de que é profundamente momentânea essa queda", explicou. O líder disse que a pesquisa analisa quem procura emprego e que milhares de brasileiros que já tinham perdido esperança voltam as ruas a procura de emprego.

Mas para o líder do PFL, deputado José Carlos Aleluia (BA), a pesquisa mostra uma trajetória descendente do presidente. "O presidente Lula perde popularidade, já perdeu seus princípios e quando terminar o mandato não tem nada, porque não tem discurso, não tem ação e não tem popularidade", disse Aleluia.

Para o vice-líder do PSDB, deputado Luiz Carlos Hauly (PR), o resultado da pesquisa mostra uma trajetória acelerada de desgaste do governo, "porque o povo perde poder aquisitivo, emprego, esperança e qualidade de vida".

O líder do PCdoB, deputado Renildo Calheiros (PE), garantiu que mesmo com o resultado da pesquisa há um apoio muito grande ao governo. Mas reconheceu que há inquietação, principalmente das pessoas desempregadas. Segundo ele, essa inquietação é normal, "mas o governo está lutando para o aquecimento da economia e enquanto isso não ocorre, vai refletir na popularidade do governo".

De acordo com o líder do PMDB, deputado José Borba (PR), o resultado da pesquisa demonstra fases do governo. "Esse quadro ocorreu com todos os presidentes. Não é exclusivo do presidente Lula. Faz parte do ônus de quem governa", disse.

O presidente da Câmara, deputado João Paulo Cunha (PT-SP), disse que a pesquisa e a política são como as nuvens, "cada mês tá de um jeito, então precisa tomar cuidado".