Presidente da Câmara articula votação do mínimo para amanhã

22/06/2004 - 13h24

Brasília, 22/6/2004 (Agência Brasil - ABr) - O presidente da Câmara dos Deputados, João Paulo Cunha (PT-SP), está articulando com os líderes da base governista e da oposição a votação do salário mínimo para a manhã desta quarta-feira (23). A idéia é fazer um balanço da presença de parlamentares na Casa para avaliar se será possível deliberar sobre a matéria amanhã. O parlamentar lembrou que o tempo é curto e que a Câmara precisa votar outras matérias importantes que estão na pauta.

Por isso, segundo o deputado, algumas medidas "duras" e "profundas" terão que ser tomadas. João Paulo Cunha não explicou que medidas são essas. Acrescentou que se houver quorum de 257 deputados, a sessão desta quarta-feira será aberta para apreciação da matéria. "Acredito que nós estamos caminhando para uma votação amanhã cedo", declarou.

O líder do governo na Casa, Professor Luizinho (PT-SP), assegurou que está mantida a mobilização para garantir quorum para votação mas, segundo o deputado, uma avaliação final só será obtida no fim da tarde de hoje. O parlamentar observou que os líderes da base aliada estão empenhados, dialogando com os deputados para assegurar o quorum.

Os líderes do PFL, José Carlos Aleluia (BA), e do PSDB, Alberto Goldman (SP), concordaram que a votação seja realizada amanhã, desde que a votação seja nominal, que o relatório do deputado Rodrigo Maia (PFL-RJ) seja apresentado em plenário e que os parlamentares tenham tempo suficiente para discutir a matéria. O presidente da Câmara, João Paulo Cunha, também concordou que a votação seja nominal. "Acho que em uma matéria dessa magnitude, o ideal é que se tenha votação nominal", ressaltou, acrescentando que deve encaminhar a questão com os líderes da base aliada.

José Carlos Aleluia defendeu a votação nominal afirmando que é preciso dar oportunidade para que a população conheça a posição de cada deputado, e que cada um possa justificar seu voto diante do eleitorado. Alberto Goldman completou dizendo que a nação precisa saber como cada um se comporta no parlamento.