Ministra espera maior participação feminina nas eleições municipais

22/06/2004 - 13h29

Benedito Mendonça
Repórter da Agência Brasil

Brasília, 22/6/2004 (Agência Brasil - ABr) - Durante o seminário internacional que discute acesso das mulheres ao poder, a ministra da Promoção da Igualdade Racial, Matilde Ribeiro, disse que espera uma maior participação das mulheres nas eleições municipais. "Eu tenho uma esperança que isso aconteça", afirmou, assinalando que "as mulheres já demonstraram que podem e sabem fazer política, ocupando cargos legislativos e executivos pelo Brasil afora".

Apesar de serem maioria do eleitorado, a participação das mulheres ainda não se reflete nas candidaturas. De acordo com estatísticas do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), apenas 14% dos candidatos às últimas eleições eram do sexo feminino.

Para a ministra, essa é uma questão de disputa de espaço que não pode ser simplesmente de conflito entre homens e mulheres. "Ela tem que se fazer valer por uma mudança de postura que podemos ter para a sociedade de uma maneira inclusiva e isso se expressa em todas as áreas da política e, certamente, vai se expressar no momento eleitoral".

Seminário internacional

O seminário internacional "As Mulheres no Caminho do Poder" acontece hoje, no Auditório Nereu Ramos, na Câmara dos Deputados, em Brasília. Para a ministra da Promoção da Igualdade Racial, o seminário internacional representa a oportunidade de maior intercâmbio de experiências entre as mulheres dos vários países participantes.

"Esses seminários têm o significado de criar um ambiente de discussão em torno das questões das mulheres, disse ela, ressaltando que, "nós no país avançamos muito, mas ainda temos muito a fazer e, portanto, é preciso um seminário como esse onde se tem a oportunidade de ouvir experiências de outros países".

A ministra afirmou que muitas pessoas "desconhecem, por exemplo, que, nos países da Europa e em muitos países da América Latina, nós temos organismos institucionais dedicados à mulher". Segundo ela, não é possível pensar em "desenvolvimento sustentável com inclusão", sem que as mulheres participem desse processo com igualdade de oportunidades.