23/11/2010 - 10h36

Novas infecções por HIV no mundo caíram 20% nos últimos dez anos

Paula Laboissière
Repórter da Agência Brasil

Brasília - Relatório divulgado hoje (23) pelo Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (Unaids) mostra que as novas infecções por HIV em todo o mundo caíram 20% nos últimos dez anos. Em 2009, foram registrados 2,6 milhões de novos casos contra 3,1 milhões em 1999.

O documento aponta ainda que, entre os jovens, a taxa de prevalência do HIV caiu em mais de 25% nos 15 países mais severamente afetados pelo vírus. De acordo com o Unaids, a redução se deu em razão da adesão dos jovens a práticas sexuais mais seguras.

Em 2009, aproximadamente 33,3 milhões de pessoas viviam com HIV no mundo, contra 26,2 milhões em 1999. A maioria, no ano passado, era representada por mulheres (15,9 milhões).

Desde o início da epidemia, mais de 60 milhões de pessoas foram infectadas pelo HIV e quase 30 milhões morreram em decorrência da aids.

Edição: Talita Cavalcante

23/11/2010 - 10h21

Aeroviários fazem manifestação nos aeroportos do Rio

Da Agência Brasil

Rio de Janeiro - Os sindicatos de aeroviários e aeronautas realizaram hoje (23) no Rio o Dia Nacional de Luta, com manifestações nos aeroportos Santos Dumont e Tom Jobim. Também estão previstas manifestações em outras capitais.

Com faixas e alto-falante, os manifestantes entraram no saguão do Aeroporto Santos Dumont para entregar panfletos e informar os passageiros e demais trabalhadores sobre suas reinvidicações. O protesto foi pacífico e não houve tumulto.

De acordo com a presidente do Sindicato Nacional dos Aeroviários, Selma Balbino, amanhã (24) haverá mais uma reunião com o sindicato patronal e se não houver contraproposta às reivindicações, entregues há 60 dias, os trabalhadores vão se retirar das negociações. Ela informou ainda que se até o dia 1º não surgir uma proposta, os aeroviários entrarão em greve.

“Estamos com 34% de crescimento nas empresas aéreas em detrimento do resto do mundo, que está com 13%, enquanto a economia brasileira cresce a 7,5%. Estamos numa briga com a Anac [Agência Nacional de Aciação Civil] para que sejam contratados mais trabalhadores nas empresas, que é o fruto de todos os problemas nos aeroportos. As empresas querem ter lucro usando pouca gente para trabalhar”, afirma Balbino.

A categoria pede reajuste de 30% para os que ganham abaixo do piso salarial e 15% para os demais, além de novos pisos para os operadores de equipamento e os agentes de check-in. Uma cesta básica, no valor de R$ 300, e a licença-maternidade de seis meses para as trabalhadoras de empresas privadas também estão na lista de reivindicações.

Os trabalhadores reclamam que nos últimos anos as cinco maiores empresas do setor cresceram rapidamente, gerando lucro, sem reparti-lo com os funcionários. Apesar do crescimento, eles alegam que o número de empregados não cresceu proporcionalmente nessas empresas, que acabam aumentando o número de funções e a jornada de trabalho.

A empresa de aviação Gol, uma das cinco maiores do país, informou em nota, que reforçará o quadro de colaboradores nos aeroportos e em sua Central de Relacionamento com o Cliente (CRC), além de manter tripulações reserva nas bases com maior fluxo de passageiros. O objetivo é assegurar a qualidade no atendimento durante período de fim de ano.

“Para casos de mudanças na programação dos voos, a companhia terá aeronaves extras posicionadas nos aeroportos com maior concentração de demanda. Com essas medidas, a empresa espera obter maior eficácia nas suas ações tanto preventivas quanto corretivas”, informou o texto.

Um funcionário público que estava no Aeroporto Santos Dumont esperando pelo embarque, José Ribamar de Lima, se solidarizou com a manifestação e acha que se o trabalhador não se organizar, dificilmente o patrão vai reconhecer o valor que ele tem.

“Os trabalhadores fazem uma função tão importante de transportar vidas, e com essa carga horária abusiva, você vê que a mão de obra ali acaba sendo explorada. E o pior é que não é uma carroça que você para no meio do caminho, um carro que se furar um pneu [você pode interrompe a viagem], agora imagine uma pessoa trabalhando ali no limite, sem condições de trabalho, salário defasado, é mais do que justo o que eles estão fazendo”, afirmou Lima

Em 2007 e 2008 também houve ameaça de greve da categoria, que acabou não se concretizando.

Edição: Graça Adjuto//A matéria foi ampliada

23/11/2010 - 10h14

Em dez meses, gastos de brasileiros no exterior superam os de todo o ano passado

Kelly Oliveira
Repórter da Agência Brasil

Brasília - Os gastos de brasileiros em viagem ao exterior continuam a crescer, segundo dados de outubro, divulgados hoje (23) pelo Banco Central (BC). Com o estímulo da queda do dólar e aumento da renda, no mês passado, essas despesas chegaram a US$ 1,692 bilhão e acumularam US$ 13,160 bilhões nos dez meses do ano. Esses resultados são maiores do que os observados nos mesmos períodos de 2009, US$ 1,236 bilhão e US$ 8,703 bilhões, respectivamente.

Segundo o chefe adjunto do Departamento Econômico do BC, Túlio Maciel, as despesas de brasileiros ao exterior são as maiores da série histórica iniciada em 1947. “Os brasileiros estão com poder aquisitivo mais elevado”, disse.

No acumulado dos dez meses deste ano, as despesas de viagem ao exterior superam todo o resultado do ano passado – US$ 10,898 bilhões.

As despesas de estrangeiros no Brasil estão em US$ 4,757 bilhões, em dez meses, contra US$ 4,320 bilhões de igual período de 2009. Somente em outubro, esses gastos ficaram em US$ 436 milhões, contra US$ 451 milhões do mesmo mês do ano passado.

Com o resultado dos gastos de brasileiros no exterior e de estrangeiros no Brasil, a conta de viagens registra saldo negativo de US$ 1,256 bilhão, em outubro, e de US$ 8,402 bilhões, nos dez meses deste ano.

Os dados preliminares deste mês, até hoje, mostram que os brasileiros gastaram US$ 1,074 bilhão em outros países e os estrangeiros tiveram despesas no Brasil de US$ 369 milhões.

Edição: Juliana Andrade // A matéria foi ampliada

23/11/2010 - 9h54

Investimento estrangeiro na atividade econômica brasileira supera projeção do BC

Kelly Oliveira
Repórter da Agência Brasil

Brasília - O investimento estrangeiro direto, que vai para o setor produtivo da economia, chegou a US$ 6,771 bilhões, em outubro, informou hoje (23) o Banco Central (BC). A aplicação dos recursos no país superou em quase 2 bilhões de dólares a projeção do BC para o período (US$ 5 bilhões).

De janeiro a outubro, o total desse investimento está em US$ 29,404 bilhões, contra US$ 19,235 bilhões registrados nos dez meses de 2009. No ano passado, o investimento estrangeiro direto somou US$ 25,949 bilhões. A projeção do BC para este ano é de US$ 30 bilhões e, para 2011, de US$ 45 bilhões.

Edição: Talita Cavalcante

23/11/2010 - 9h50

Contas externas registram resultado negativo de US$ 3,7 bi em outubro

Kelly Oliveira
Repórter da Agência Brasil

Brasília - O déficit em transações correntes, registro das operações de compra e venda de mercadorias e serviços com o exterior, ficou em US$ 3,7 bilhões, em outubro, contra US$ 3,018 bilhões registrados em igual período de 2009, informou hoje (23) o Banco Central (BC). O resultado ficou abaixo do projetado pelo BC para o período (US$ 3,8 bilhões).

No mês passado, a balança comercial registrou superávit de US$ 1,853 bilhão, ante US$ 1,320 bilhão registrado em outubro do ano passado. A conta de serviços e renda (remessas de lucros e dividendos, pagamentos de juros, viagens internacionais e outros) ficou negativa em US$ 5,650 bilhões, contra US$ 4,562 bilhões observados em igual período de 2009.

Nos dez meses do ano, o déficit em conta-corrente está em US$ 38,763 bilhões, ante US$ 15,079 bilhões registrados no mesmo período do ano passado.

De janeiro a outubro, a balança comercial registrou superávit de US$ 14,626 bilhões, enquanto nos dez meses de 2009 o saldo foi de US$ 22,503 bilhões. A conta de serviços e rendas apresentou déficit de US$ 55,750 bilhões, ante US$ 40,394 bilhões registrados em igual período do ano passado.

As transferências unilaterais correntes registram ingresso líquido (descontada a saída) de US$ 97 milhões, em outubro, e US$ 2,360 bilhões nos dez meses deste ano.

Edição: Juliana Andrade

23/11/2010 - 9h38

Governo vai construir Escola Penitenciária Nacional

Da Agência Brasil

Brasília - Representantes dos ministérios da Justiça e do Planejamento assinam hoje (23) termo de cessão de uma área de 64 mil metros quadrados, localizada no Setor Policial Sul, em Brasília, para a construção da Escola Penitenciária Nacional. A solenidade será às 11h, na Sala de Retratos do Ministério da Justiça.

Depois de pronta, a escola será um centro nacional de pesquisas e estudos na área penitenciária, instituição inédita no Brasil. O estabelecimento de ensino atenderá aos operadores do sistema de Justiça Criminal de todo o país. Além de formar agentes penitenciários federais, a escola oferecerá capacitação e qualificação para profissionais dos estados e do Distrito Federal que atuam na área.

Edição: Graça Adjuto

23/11/2010 - 9h12

Prévia da inflação oficial fica em 0,86% em novembro

Paulo Virgílio
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro - O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) registrou uma variação de 0,86% em novembro, de acordo com os números divulgados hoje (23) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado do índice, que é uma prévia do IPCA, usado pelo governo para fixar as metas de inflação, supera a taxa de outubro, que foi de 0,62%, e eleva o acumulado do ano para 5,07% e o dos últimos doze meses para 5,47%. Em novembro de 2009, o IPCA-15, havia sido de 0,44% e nos 12 meses anteriores, a taxa ficou em 5,03%.

De acordo com o IBGE, o grupo alimentação e bebidas foi mais uma vez, em novembro, o responsável pela elevação do IPCA-15. A alta nesse grupo atingiu 2,11%, com destaque para o preço da carne. O consumidor chegou a pagar, em média, 6,10% a mais pelo quilo da carne, que ao longo de 2010, já acumula uma alta de 20,49%.

Outros produtos alimentícios também tiveram alta em novembro, como, por exemplo, o feijão carioca, com um aumento de 10,83% no mês. Também foram registradas altas expressivas em outros alimentos que pesam no orçamento das famílias, como açúcar cristal (14,05%), tomate (10,28%), batata-inglesa (9,96%) e feijão preto (7,15%).

Fora os alimentos, o destaque na inflação medida pelo IPCA-15 ficou para os combustíveis, com uma alta de 2,22%. O litro do etanol teve variação de 6,75%, na média das 11 regiões pesquisadas pelo IBGE.

A região metropolitana de Salvador foi a que registrou maior variação do IPCA-15 em novembro, com 1,45%. O menor índice foi o de Porto Alegre (0,58%). Em São Paulo, a taxa foi de 0,82% e no Rio de Janeiro, de 0,71%.

Os preços que servem de base para o cálculo do IPCA-15 foram coletados de 14 de outubro a 12 de novembro, nas regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, de São Paulo, Belo Horizonte, Porto Alegre, Curitiba, Salvador, Recife, Fortaleza e Belém, além de Brasília e Goiânia. O indicador mede a inflação para famílias com rendimento de um a 40 salários mínimos.


Edição: Lílian Beraldo

23/11/2010 - 8h36

Haiti: OMS diz que próximas semanas serão difíceis por causa de epidemia de cólera

Vitor Abdala
Enviado Especial

Porto Príncipe - A epidemia de cólera já matou 1.344 pessoas e contaminou quase 57 mil em todo o Haiti, segundo dados das autoridades sanitárias do país. Mas a expectativa da representante da Organização Mundial da Saúde (OMS) na nação caribenha, Lea Guido, é que a situação continue difícil pelas próximas semanas.

“Essa epidemia se dá em um dos países mais pobres do mundo, com condições sanitárias realmente dramáticas, sem acesso à água potável. Menos de 40% têm acesso a serviço de saúde. Há 2,1 médicos para cada 10 mil habitantes. É uma situação realmente dramática. E as próximas semanas vão ser semanas difíceis, porque a epidemia já está presente em Porto Príncipe, onde temos uma população de 3 milhões de habitantes”, alertou Lea Guido.

Segundo a OMS, foram instalados em todo o país 36 centros de tratamento do cólera, capazes de atender 2.830 pessoas, separadas dos hospitais convencionais, para evitar que a doença contamine outros pacientes. Mas, de acordo com Lea Guido, o número ainda é insuficiente. Para ela, seriam necessários, pelo menos, mais dez unidades como essas.

A OMS também acredita que a epidemia terá que ser combatida não apenas com a abertura de leitos em centros de atendimento, mas também com ações na área de saneamento e outras intervenções sociais, principalmente.

“Essa é uma população virgem, no sentido que é suscetível porque não tinha antecedentes. Nesse sentido, há um grande risco. Outro grande risco são as condições de saneamento. Ao final de contas, os hospitais recebem os doentes, mas a saúde se constrói com água potável, saneamento e boa alimentação. Este é um país com problema de nutrição agudo e com alta prevalência de aids, além de um grande número de pessoas que vivem com menos de um dólar por dia”, explicou.

A OMS estima que a epidemia de cólera no Haiti dure mais um ano e atinja até 200 mil pessoas. Segundo informações da entidade, os medicamentos já enviados ao Haiti e outros que estão para chegar ao depósito da OMS em Porto Príncipe serão suficientes para atender à demanda.

Edição: Talita Cavalcante

23/11/2010 - 8h33

Andamento de processos de repercussão social será monitorado

Da Agência Brasil

Brasília - A Corregedoria Nacional de Justiça lança hoje (23) o programa Justiça Plena, que vai monitorar o andamento de processos de grande repercussão social no Judiciário.

No primeiro ano do programa, a corregedoria vai acompanhar 100 casos, para verificar o motivo da demora na tramitação das ações e tomar as medidas necessárias para garantir maior rapidez. 

O lançamento será às 14h no Plenário do Conselho Nacional de Justiça, em Brasília, com a presença do presidente do CNJ, ministro Cezar Peluso, e da corregedora nacional de Justiça, ministra Eliana Calmon. Após a solenidade, ela falará sobre o projeto.

O ministro da Justiça, Luiz Paulo Barreto, e o ministro Paulo Vannuchi, da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, também participarão do evento.

Edição: Graça Adjuto

23/11/2010 - 8h31

Pressionada pelas carnes, inflação semanal atinge maior taxa desde abril

Marli Moreira
Repórter da Agência Brasil

São Paulo - O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S), medido pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getulio Vargas (FGV), voltou a subir na terceira prévia de novembro, com variação de 0,85% ante 0,72%. Essa taxa é a mais alta desde a primeira semana de abril deste ano, quando o índice havia sido de 0,98%.

Os maiores aumentos de preços foram constatados no grupo alimentação, cujo índice foi de 1,98%, acima da variação anterior (1,63%).Entre os produtos que mais influenciaram o resultado estão as carnes bovinas, que ficaram em média 9,43% mais caras, ante um aumento de 6,97%, e as frutas, que passaram de 0,61% para 2,71%.

Na lista dos cinco itens apontados como os de maior peso inflacionário, quatro são do grupo alimentação: batata-inglesa (de 11,80% para 12,72%); carne moída (de 8,69% para 9,66%); alcatra (de 5,84% para 9,15%) e contrafilé (de 6,17% para 9,38%). O quinto item é a gasolina, que apresentou variação de 1,45%. Esse resultado, no entanto, indica diminuição no ritmo de reajuste, porque na pesquisa anterior a alta foi de 1,66%.

As cinco quedas mais expressivas ocorreram também entre os alimentos: banana-prata (de -8,99% para -7,86%), vagem (de -10,61% para -16,17%), pimentão (de -9,19% para -7,97%), pepino (de -6,24% para -19,54%) e cebola (-11,59% para -8,21%).

Foram verificadas elevações ainda nos grupos: vestuário (de 0,86% para 1,00%) sob o efeito de aumentos de preços dos calçados (de 0,66% para 1,29%); saúde e cuidados pessoais (de 0,14% para 0,23%); habitação (de 0,24% para 0,30%), com destaque para a tarifa de energia elétrica (de 0,10% para 0,26%); e educação, leitura e recreação (de 0,18% para 0,20%). Neste caso, a alta reflete o movimento de recuperação de preços de passagens aéreas (de -2,75% para -0,01%).

Os demais grupos tiveram decréscimos: transportes (de 0,77% para 0,68%) e despesas diversas (de 0,38 para 0,25%).

Edição: Juliana Andrade

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