26/11/2010 - 13h07

Temporão garante apoio da rede federal para atender vítimas de confrontos no Rio

Thais Leitão
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro - O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, confirmou hoje (26) que está mobilizando a rede federal para apoiar o governo do estado do Rio de Janeiro em função do combate aos atos de violência promovidos por traficantes de drogas desde o último fim de semana.

“Nossa função agora é apoiar a Secretaria de Saúde do Rio no que for necessário. Estamos na expectativa de que isso termine, que seja apenas um momento conjuntural de um processo importante para o Rio, que é a consolidação dessa política inovadora de instalação das UPPs [unidades de Polícia Pacificadora]”, disse ele, ao participar, no Rio de Janeiro, do lançamento da publicação Câncer no Brasil – Dados dos Registros de Câncer de Base Populacional, no Instituto Nacional do Câncer (Inca).

Temporão confirmou que, diante do possível aumento da demanda nas emergências das unidades de saúde do Rio, determinou a suspensão de algumas cirurgias eletivas (sem caráter emergencial) realizadas nos hospitais de Bonsucesso, Andaraí, Cardoso Fontes, Ipanema, Lagoa e dos Servidores do Estado, além da disponibilização de leitos para atender vítimas dos ataques criminosos e confrontos com a polícia na cidade. Ele informou, ainda, que as ações de apoio incluem a manutenção dos estoques dos bancos de sangue nas unidades federais para atender às possíveis demandas.

Edição: Juliana Andrade

26/11/2010 - 12h55

Moradores da Penha podem passar a noite em abrigo da prefeitura do Rio

Da Agência Brasil

Rio de Janeiro - Moradores da Vila Cruzeiro e do Complexo do Alemão, que não conseguirem retornar para casa, vão poder passar a noite no abrigo da Penha. Devido às operações policiais nessas comunidades, a prefeitura do Rio continua dando apoio aos moradores. Segundo a Secretaria Municipal de Assistência Social, o Grêmio Recreativo Esportivo dos Industriários da Penha (Greip) foi preparado para receber até 250 pessoas.

A prefeitura oferece no local colchões, produtos de higiene pessoal e alimentos para todos os necessitados que precisarem passar as próximas noites fora de casa. Na manhã de hoje (26) as pessoas tentaram retornar às suas casas ou foram para o trabalho. A expectativa é que nesta sexta-feira moradores do conjunto de favelas do Alemão também sejam recebidos nas instalações. De acordo com a Defesa Civil, sete pessoas, moradoras da Vila Cruzeiro, passaram a noite no local, incluindo uma criança.

Equipes da Guarda Municipal e Defesa Civil estão dando apoio no local. De acordo com a administradora do Greip, Celma Souza Lopes, as condições dadas e a proximidade com as comunidades deixam as pessoas mais tranquilas diante da situação. Ela ressaltou a importância da solidariedade neste momento. “Disponibilizando o espaço, nos colocamos em parceria com as pessoas próximas, já que o equipamento fica no bairro da Penha. Todas as pessoas que puderem ajudar somam contra o que está acontecendo aqui na Penha e na cidade em geral.”

Edição: Talita Cavalcante

26/11/2010 - 12h48

Saúde vai investir R$ 115 milhões na prevenção e no controle do câncer de colo do útero

Thais Leitão
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro - O Ministério da Saúde vai investir R$ 115 milhões na prevenção e no controle do câncer de colo do útero no país. A iniciativa faz parte do Plano de Ação para Redução de Incidência e Mortalidade da doença, anunciado hoje (26), no Rio de Janeiro, pelo ministro da pasta, José Gomes Temporão. Segundo ele, o foco das ações será a Região Norte, onde esse tipo de tumor é o mais frequente e representa a primeira causa de morte por câncer da população feminina.

Um estudo divulgado hoje Instituto Nacional do Câncer (Inca) revela que nos últimos 20 anos houve avanço no diagnóstico precoce da doença, mas aponta disparidades regionais.

Enquanto na cidade de Manaus a taxa de novos casos para cada 100 mil habitantes é de 50,59, em Porto Alegre, por exemplo, ela cai para menos da metade: 20,05. O índice é ainda menor em cidades do Sudeste, como São Paulo, onde 16,47 casos de câncer de colo de útero são diagnosticados em cada grupo de 100 mil habitantes. O período analisado na publicação é de 2000 a 2005.

“A Região Norte, seguida da Nordeste, aparece como o local onde precisamos aperfeiçoar a qualidade dos laboratórios que fazem exames e garantir o acesso das mulheres ao tratamento adequado que garante, quando há diagnóstico precoce, cura completa”, afirmou o ministro, ao participar do lançamento da publicação Câncer no Brasil – Dados dos Registros de Câncer de Base Populacional.

Temporão explicou que o financiamento será feito por meio do Sistema Único de Saúde (SUS).

Dados do Inca revelam que para o conjunto do país o câncer de colo do útero é o segundo tumor mais frequente na população feminina, atrás apenas do de mama. A cada ano, há o registro de 18.430 novos casos e 4,8 mil brasileiras morrem pela doença, que é a quarta causa de óbitos de mulheres por câncer no Brasil.

Esse tipo de câncer pode ser prevenido porque apresenta lesões precursoras possíveis de serem detectadas por meio da coleta de material do colo do útero, no exame papanicolau.

Segundo o coordenador de Ações Estratégicas do Inca, Cláudio Noronha, essas lesões iniciais são tão superficiais que não chegam a invadir a membrana do colo do útero. “Por isso, se for tratada adequadamente, a lesão é eliminada, impedindo a progressão da doença e evitando o surgimento do câncer”, acrescentou.

O Ministério da Saúde recomenda que todas as mulheres com idades entre 25 e 59 anos façam o papanicolau a cada três anos. A maior incidência desse tipo de câncer, no entanto, ocorre na faixa entre 45 e 49 anos de idade.

Edição: Juliana Andrade

26/11/2010 - 12h45

Balanço da polícia no Rio indica 192 presos e 25 mortes desde o início da semana

Cristiane Ribeiro
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro - Os ataques promovidos por criminosos durante toda esta semana na capital fluminense e na região metropolitana do Rio de Janeiro já deixaram 96 veículos queimados, entre ônibus, vans e carros de passeio. Pelo menos duas cabines da Polícia Militar foram metralhadas. As polícias Civil e Militar prenderam, desde o início da semana, 192 pessoas e 25 morreram em confrontos com as forças de segurança do estado. Dois policiais militares ficaram feridos em troca de tiros com os bandidos.

O primeiro balanço divulgado na manhã de hoje (26) revela ainda a apreensão de uma enorme quantidade de cocaína, crack e maconha durante a operação militar iniciada ontem (25) na Vila Cruzeiro, zona norte da cidade. Os policiais do Batalhão de Operações Especiais, que entraram na favela com ajuda de veículos blindados da Marinha, recolheram também armamento pesado, como bombas e fuzis, muita munição e fardas utilizadas por militares.

Em operações em outros pontos da cidade, os policiais apreenderam garrafas com gasolina e coquetéis molotov. Dois homens foram presos.

 

Edição: Lílian Beraldo

26/11/2010 - 12h40

Porto Alegre, Goiânia e São Paulo registraram mais casos de câncer no Brasil

Da Agência Brasil

Brasília – Porto Alegre, Goiânia e São Paulo foram as cidades que registraram mais casos de câncer, tanto em homens quanto em mulheres. Os dados constam no quarto volume da série Câncer no Brasil – Dados dos Registros de Base Populacional, que o Instituto Nacional de Câncer (Inca) lançou hoje (26).

A capital gaúcha foi o município com a maior média de incidência da doença no período analisado, entre 2000 e 2005. Entre os homens, foram registrados 404,16 casos por 100 mil habitantes. No público feminino, foram 286,18 por grupo de 100 mil.

Goiânia e São Paulo registraram mais de 300 casos por 100 mil habitantes. A menor taxa de incidência foi observada em João Pessoa (182,42 entre os homens e 177,45 entre mulheres).

De acordo com a publicação, os tipos de câncer mais frequentes nos homens são os de pele (não melanoma), de próstata e de pulmão. Já nas mulheres, os mais registrados são os de pele (não melanoma), mama e de colo do útero. Outro dado da publicação, é que cerca de 44% do total de tumores registrados são do tipo chamado in situ – que se tratado adequadamente tem chance de cura de quase 100%.

A pesquisa apresenta a incidência de diversos tumores em 17 cidades, sendo 16 capitais. Os dados têm o objetivo de identificar os principais tipos de câncer que afetam as populações das cidades que monitoram os casos da doença. As informações são usadas para planejar ações de prevenção e detecção precoce.

A divulgação da pesquisa marca as ações do Dia Nacional de Combate ao Câncer, que será comemorado amanhã (27). A série Câncer no Brasil - Dados dos Registros de Câncer de Base Populacional foi lançada pela primeira vez em 1991. A expectativa é que a próxima publicação da série seja divulgada no prazo de cinco anos.

Edição: Talita Cavalcante

26/11/2010 - 12h30

Comissão de Direitos Humanos teme nova Chacina do Alemão

Gilberto Costa
Repórter da Agência Brasil

Brasília – A Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM) da Câmara dos Deputados divulgou nota oficial alertando para o riscos de que as operações policiais de combate ao crime organizado no Rio de Janeiro repitam o episódio da “Chacina do Alemão”, a megaoperação ocorrida em 2007 que mobilizou 1,3 mil policiais e resultou na morte de cerca 20 pessoas em um único dia. “Foram feitas atrocidades para nada. O tráfico aumentou lá”, aponta o deputado Chico Alencar (P-SOL-RJ) membro da CDHM.

O parlamentar assinala que a situação do tráfico de armas no Rio de Janeiro é pior do que a do tráfico de drogas mas não merece a mesma atenção das forças de segurança. “Não vejo acontecer combate efetivo contra o tráfico de armas. Esse problema é crucial mas é pouco mencionado. Quem abastece esse comércio? Falta serviço de inteligência investigando isso. A arma intimida, é coercitiva, cria um poder de fato”, analisou.

Segundo o parlamentar, o combate da polícia, até o momento, é “ponderado”. Observação semelhante fez o diretor de Defesa de Direitos Humanos, Fernando Matos, da Secretaria de Direitos Humanos (SDH), que está no Rio. “Há consciência [por parte das autoridades] de que se houver derramamento de sangue o impacto vai ser tão ruim quanto as imagens de traficantes tomando conta das comunidades.”

Para a diretora executiva da organização não governamental (ONG) Justiça Global, Sandra Carvalho, há muita apreensão nas regiões em confronto como no Complexo do Alemão e na Vila Cruzeiro, na zona norte do Rio de Janeiro. Segundo ela, os traficantes expulsos das comunidades ocupadas pelas unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) se refugiaram naquela área.

“É o cenário de guerra que tanto se construiu”, disse, fazendo menção à cobertura da imprensa e aos discursos dos dirigentes das forças de segurança que, muitas vezes, definem o combate ao crime organizado como uma batalha. Sandra Carvalho também alertou para os riscos de uma nova Chacina do Alemão. Segundo ela, a apreensão dos moradores é a mesma.


Edição: Lílian Beraldo

26/11/2010 - 12h29

Apoio da Marinha à PM do Rio tem aprovação popular, diz comandante da Força

Da Agencia Brasil

Rio de Janeiro – O comandante da Marinha, Júlio Soares de Moura Neto, avaliou hoje (26) a participação dos tanques blindados nas ações contra o tráfico de drogas no Rio de Janeiro como positiva para as Forças Armadas. Ele afirmou que o apoio da Força à Polícia Militar, nas operações de ocupação de território dominado por bandidos é um dever e que a Marinha poderia atuar cada vez mais no combate à violência nos estados, sempre que for solicitada.

“Eu acho que a Marinha cumpriu o papel dela, fico satisfeito. A Marinha tem necessidade de estar junto com a sociedade e esse é o papel mais importante que ela tem”, afirmou o almirante de esquadra.

Segundo Moura Neto, a Marinha está disposta a atender aos anseios da sociedade brasileira, entre eles a garantia da ordem e da paz. Ele disse que compete à Força as tarefas de garantir, por exemplo, a soberania do país e dos interesses brasileiros no mar, mas ela também tem capacidade de atuar em terra por meio dos fuzileiros navais.

O comandante informou que, até o momento, o único apoio solicitado pelo governo do estado à Marinha foram os blindados, mas disse que, se houver outro pedido, será avaliado. Moura Neto não manifestou apreensão quanto à avaria em um dos tanques durante o confronto de ontem (25) e se disse satisfeito pelo resultado da ação policial com o equipamento dos fuzileiros.

Ao comentar a recepção positiva dos moradores da Vila Cruzeiro, o comandante lembrou que as Forças Armadas lideram o ranking de instituições bem acreditadas, de acordo com o Índice de Confiança na Justiça, da Fundação Getulio Vargas (FGV).

A pesquisa feita pela Escola de Direito da FGV e divulgada no segundo trimestre deste ano apontou 63% de aprovação para as Forças Militares. Depois, vêm as grandes empresas (54%), o governo federal (43%), emissoras de TV (42%), a imprensa escrita (41%), a polícia (38%) e, por último, a Igreja Católica (34%). Na pesquisa, foram ouvidas 1.550 pessoas de várias faixas de renda e de escolaridade.

O comandante da Marinha participou hoje da passagem de cargo de comandante de Operações Navais a bordo do porta-aviões São Paulo, atracado na Baía de Guanabara, na capital fluminense. Deixa o cargo o comandante de esquadra Luiz Umberto de Mendonça e assume o almirante de esquadra João Afonso Prado Maia de Faria, que acumulará a função de diretor de Navegação da Marinha. O posto é responsável pelo comando das ações da tropa de fuzileiros, caso seja convocada para atuar nas ruas com a polícia e os 800 homens do Exército, autorizados pelo Ministério da Defesa.

Edição: Juliana Andrade // Alterada para complementação

26/11/2010 - 12h03

Mulheres que ajudam no parto participam de treinamento antes de encontro internacional

Da Agência Brasil

Brasília – Mais de 200 mulheres que dão suporte físico e emocional a outras antes, durante e depois do parto (doulas) participam hoje (26) em Brasília do 8º Encontro Nacional e 2º Encontro Internacional de Doulas. As atividades incluem exercícios para auxiliar a gestante e palestras sobre a atuação das profissionais em outros países.

“Essas vivências, como a biodança e o pilates, servem para a doula conhecer outras formas de cuidado da gestante”, disse a secretária executiva do encontro, Renata Beltrão, que também é doula. Ela explicou que o trabalho é diferente do da parteira. “A doula é uma espécie de comadre, que faz massagens, ajuda antes, durante e depois do parto, mas não cuida da parte médica”.

O encontro de hoje antecede a 3ª Conferência Internacional sobre Humanização de Parto e Nascimento, que será aberta amanhã (27) à noite e termina terça-feira (30) no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília. Com o tema O Esforço Brasileiro para Reduzir a Mortalidade Infantil e Materna: A Saúde e a Abordagem Intersetorial”, o evento contará com a presença de profissionais do México, de Porto Rico, da Argentina, Colômbia e Espanha, além do Brasil.

Segundo Renata Beltrão, o objetivo principal da conferência é discutir estratégias para humanizar o parto, como por exemplo garantir à gestante o direito de ter um acompanhante no hospital e acesso aos serviços públicos de saúde. “Quando entra num hospital público, a mulher perde a identidade, porque ela não pode entrar nem com a sandália, tem que tirar toda a roupa e usar aquela espécie de vestido. Além disso, fica sozinha e num ambiente inóspito”, afirmou a secretária.

Edição: Graça Adjuto

26/11/2010 - 11h36

Angiologistas e cirurgiões vasculares lançam campanha para cobrar remuneração mínima

Paulo Virgílio
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro – A Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular (SBACV) lança, a partir do dia 1º de dezembro, uma campanha nacional para cobrar aumento na remuneração paga pelas operadoras de saúde. Os profissionais médicos querem o cumprimento da Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos (CBHPM), em vigor desde o dia 15 de outubro. Com o início da campanha, a sociedade dará prazo de 60 dias para uma resposta das operadoras – convênios, cooperativas, seguro saúde e planos de saúde privados. Caso não receba uma resposta, a entidade admite a possibilidade de greve entre médicos angiologistas e cirurgiões vasculares.

“Nós estamos com uma defasagem nos últimos anos de 156%, quando se relaciona nossos honorários com o aumento cobrado dos usuários pelos planos de saúde”, afirma o presidente da SBACV, Guilherme Pitta. Segundo ele, o valor médio pago pelas operadoras por uma consulta no país é menor que R$ 40. Eles reivindicam que essa remuneração chegue a, no mínimo, R$ 52.

De acordo com Pitta, a Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos (CBHPM) é um padrão que está em vigor por determinação da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). “A CBHPM representa o parâmetro mínimo de remuneração médica recomendado pelo Conselho Federal de Medicina e pela Associação Médica Brasileira”, diz.

A finalidade da CBHPM é ser um padrão para o pagamento de serviços de saúde por parte das operadoras. No entanto, a ANS não tornou os valores obrigatórios e deixou a cargo das empresas a negociação da remuneração paga aos médicos.

Os angiologistas e cirurgiões vasculares também decidiram parar de realizar a escleroterapia (tratamento secativo de varizes) com cobertura das operadoras de saúde. De acordo com Guilherme Pitta, “a Lei dos Planos de Saúde exclui a cobertura de procedimentos estéticos, portanto, os cirurgiões vasculares não mais realizarão a escleroterapia pelo plano”.

A decisão de lançar a campanha foi tomada durante reuniões que discutiram as relações entre planos de saúde e especialistas, nos meses de maio e junho deste ano, nas 24 regionais da sociedade.


Edição: Lílian Beraldo

26/11/2010 - 11h31

Especialista diz que conflitos no Rio têm motivação financeira e não política

Da Agência Brasil

Brasília – O autor do livro Guerra Irregular, Alessandro Visacro, associou hoje (26) a série de ataques criminosos no Rio de Janeiro aos prejuízos financeiros e à perda de território de traficantes. Para ele, os motivos dos conflitos não são políticos ou ideológicos.

“O que acontece no Rio de Janeiro é que a motivação do conflito não é política e ideológica, a violência está associada simplesmente à obtenção de lucros financeiros decorrentes do tráfico de drogas e de armas”, disse Visacro, em entrevista ao programa Revista Brasil, da Rádio Nacional.

A publicação aborda os conflitos modernos como o terrorismo e as guerrilhas urbanas. O especialista destacou que, com o aumento da presença do Poder Público em territórios até então ocupados por traficantes no Rio, os criminosos perderam espaço.

“De forma até natural era de se esperar uma ação violenta desses grupos que perdem parte de seu território. Então esse tipo de reação era de certa forma previsível.”

Ele defendeu a implementação, pelo Estado, de uma política efetiva de segurança pública. “A longo prazo, o êxito contra a violência urbana está diretamente associado à formulação e implementação de uma política de Estado que hoje no Brasil não existe.”

O especialista avalia que as ações de combate à criminalidade adotadas pelo governo do Rio têm recebido o apoio da população. “Porém é necessário tomar cuidado para não extrapolar na resposta, que tem de ser dada de forma proporcional, a fim de não reverter esse apoio popular.”

Edição: Juliana Andrade e Talita Cavalcante

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