28/11/2010 - 16h44

Maria Fernanda Coelho defende novos parâmetros para embargo de obras

Lourenço Canuto
Repórter da Agência Brasil

Brasília – A presidenta da Caixa Econômica Federal, Maria Fernanda Coelho, defendeu a adoção de "novos parâmetros" pelos órgãos federais de fiscalização e controle para o embargo de obras públicas, tendo em vista prejuízos que, segundo afirmou, estão sendo registrados no andamento de projetos de infraestrutura do país, tais como as obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

Ela considerou contraproducente embargar uma obra que tenha cinco mil itens por causa de divergências em um ou dois deles. Como exemplo, Maria Fernanda citou o embargo do projeto de reforma e ampliação do Aeroporto Eurico de Aguiar Salles, de Vitória, que, agora, vão ser feitas em parceria da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) com o Exército.

"É preciso resolver melhor essas discrepâncias", defendeu a presidenta da Caixa, nessa semana. Ela argumentou que o país ficou, por muitas décadas, parado com obras de infraestrutura, o que "deixou a capacitação técnica sucateada, tanto no nível privado como pelos entes federativos". Segundo ela, a Caixa tem um corpo de técnicos e engenheiros que analisa com rigor a qualidade dos projetos visando a analisar os elementos de inovação e sustentabilidade.

O PAC 2, por exemplo, destacou Maria Fernanda, envolve obras de criação de praças e outros pontos culturais que permitirão "a integração humana, estimulando que a população viva num clima de urbanidade".

Maria Fernanda defendeu que "as políticas públicas têm que se comunicar porque a área de investimentos assume características de projetos de Estado, uma vez que muitas obras ultrapassam os quatro anos de um mandato presidencial".

Edição: Lana Cristina
 

28/11/2010 - 16h39

Polícia já apreendeu mais de 7 toneladas de drogas no Alemão

Vladimir Platonow
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro – No primeiro dia de ocupação pela polícia do Complexo do Alemão foram apreendidas mais de 7 toneladas de maconha e dezenas de quilos de cocaína. A informação foi divulgada pelo delegado Ronaldo Oliveira, chefe das delegacias especializadas.

Só em duas operações foram apreendidos 500 quilos de maconha e 40 quilos de cocaína, além de armas e munições. Oliveira disse que as drogas estavam dentro de casas ou escondidas em quintais e que foram localizadas graças a ligações anônimas ao serviço Disque-Denúncia.

A maior parte da maconha, cerca de 7 toneladas, ocupava os três andares de uma casa na localidade conhecida como Coqueiral e precisou de um caminhão para ser transportada.

Edição: Fernando Fraga

28/11/2010 - 16h21

Alta dos preços é desafio para próximo comandante do Banco Central, estimam economistas

Kelly Oliveira
Repórter da Agência Brasil

Brasília – A alta dos preços que vem sendo registrada ultimamente será um desafio para o novo presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, que assume o cargo em 2011.

Segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nessa semana, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) registrou uma variação de 0,86% em novembro. O índice, que é uma prévia do IPCA, usado pelo governo para fixar as metas de inflação, supera a taxa de outubro, que foi de 0,62%. Com a variação, o índice eleva o acumulado do ano para 5,07% e o dos últimos 12 meses, para 5,47%.

O aumento dos preços é sentido principalmente na hora das compras de alimentos. A alta do grupo alimentação e bebidas atingiu 2,11%, com destaque para a carne. O consumidor chegou a pagar, em média, 6,10% a mais pelo quilo da carne, que, ao longo de 2010, já acumula uma alta de 20,49%, segundo o IBGE.

E a expectativa é de continuidade no aumento dos preços, segundo projeções de analistas do mercado financeiro consultados pelo BC. De acordo com a última projeção, a estimativa é que o IPCA feche 2010 em 5,58%. Para 2011, a projeção é de 5,15%.

Com isso, a inflação deve ficar acima do centro da meta de 4,5%, estabelecida pelo BC. O instrumento usado pela autoridade monetária para conter a demanda por bens e serviços, e por consequência, a inflação, é aumentar a taxa básica de juros, a Selic. Essa meta de inflação tem a variação de dois pontos para baixo e dois para cima, podendo chegar a 6,5%.

Na avaliação de economistas, como Fábio Kanczuk, professor da Universidade de São Paulo (USP), o BC parou de subir o juros básicos este ano no momento errado. Este ano, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC subiu a Selic de 8,75% para 9,5% ao ano, em abril. Depois, em junho, para 10,25% ao ano e, em julho, para 10,75% ao ano.

Nas reuniões seguintes – setembro e outubro – o BC manteve o patamar da taxa. “Analistas, como eu, achamos estranho, quando o BC parou de subir os juros antes de deter a inflação”, afirmou Kanczuk. Segundo ele, nesse período, a economia ainda estava muito aquecida.

O economista Jean Barbosa também considera que o encerramento do ciclo de alta da Selic foi prematuro. “O ciclo deste ano não foi suficiente. Havia condições de demanda em ritmo muito robusto”, opinou. Para ele, em 2011, a inflação de alimentos deve desacelerar um pouco, porque não se espera que haja os mesmos problemas climáticos, no país e no exterior, que elevaram os preços.

Entretanto, com “a forte” procura por produtos e serviços e a influência do crescimento da China, a expectativa é que “outros preços sigam o ritmo da demanda doméstica”. “O crescimento robusto da China está pressionando a demanda por alimentos no mundo”, acrescentou Barbosa.

Até mesmo o economista Décio Munhoz, que não concorda com a política de elevação da Selic, por considerar que gera aumento de custos para os investimentos e faz crescer a dívida pública, afirma que “dentro da linha de condução deles, era preciso ter mais aumento da Selic”. “Em 2008, surgiu a crise financeira e, aí, não houve internalização do aumento dos preços do comércio internacional. 2009 foi um ano de recuperação lenta da economia. Agora, quando se recuperam as perdas, os preços internacionais estão se internalizando”, avaliou Munhoz.

Na ata da última reunião do Copom, em outubro, o BC avaliou que, mesmo com aumento dos preços de alimentos, prevalece o entendimento de que a inflação irá convergir para o centro da meta. Para o Copom, o cenário favorável ao cumprimento da meta de inflação “se deve ao ajuste da taxa básica implementado desde abril”. “Também contribuem para isso informações que emergiram, desde então, indicando melhora no balanço de riscos para a dinâmica dos preços administrados, bem como a desaceleração da atividade nos dois últimos trimestres, que foi mais intensa do que o vislumbrado no início deste ano”.

A última reunião do Copom deste ano está marcada para os dias 7 e 8 dezembro. Em janeiro, será feita a primeira reunião do comitê já com os integrantes do novo governo.

Edição: Lana Cristina
 

28/11/2010 - 16h13

Cabral diz em nota que ocupação do Alemão é passo decisivo para política de segurança

Douglas Corrêa
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro – O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, disse, em nota, após a ocupação do Complexo do Alemão, que a reconquista territorial é um passo decisivo para a política de segurança pública.

“O trabalho vai continuar articulado com as Forças Armadas, a Polícia Federal e as forças do estado para dar mais paz, mais territórios conquistados para que o Rio de Janeiro possa dar aos seus moradores e à população do Brasil e aos visitantes estrangeiros a tranqüilidade para usufruir desse local tão lindo, tão maravilhoso, de tanta história, tanta cultura, que marcam o Brasil e o mundo”, diz Cabral na nota.

De acordo com o governador, o Rio de Janeiro está sendo recuperado de uma situação de décadas de mazelas, de crise econômica, social e de falência política. “E a principal marca desse trabalho é a união, a parceria, a presença do governo federal, junto com o governo estadual, com a prefeitura, com a participação e o apoio da sociedade”.

Cabral disse ainda que o Estado vai ter pela frente um trabalho longo para a região, apesar dos investimentos que já estavam sendo feitos em parceria com o governo federal.

“O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e eu estivemos por várias vezes entregando habitações novas à população. Desapropriamos mais de 2 mil residências do Complexo do Alemão e estamos construindo um sistema de transporte por teleférico que é o maior de toda a América Latina e um dos maiores do Ocidente”, lembrou.

Edição: Fernando Fraga

28/11/2010 - 15h28

Haiti realiza primeira eleição depois do terremoto

Da BBC Brasil

Brasília - O Haiti iniciou neste domingo (28) a votação para eleger um novo presidente e novos congressistas na primeira eleição depois do terremoto que deixou mais de 200 mil mortos, 2 milhões de desabrigados e 90% dos prédios públicos destruídos.

A lista oficial do governo é de 4,7 milhões de eleitores registrados, que poderão votar em um dos 18 candidatos presidenciais, deputados e senadores. Mas, de acordo com correspondentes, o início da votação foi lento.

A votação começou às 6h da manhã (horário local, 9h horário de Brasília) e deve ser encerrada às 16h (horário local, 19h horário de Brasília). Os resultados deverão ser divulgados a partir do dia 5 de dezembro, com os resultados finais anunciados apenas no dia 20 de dezembro.

Cerca de 11 mil soldados das forças de paz da ONU estão garantindo a segurança e apoio logístico para o processo eleitoral.

Disputam a Presidência 18 candidatos, sendo que o apoio do presidente René Préval foi para o tecnocrata Jude Célestin, chefe da empresa estatal encarregada da reconstrução do país.

Célestin concorre com a ex-primeira-dama Mirlande Manigat, a principal líder oposicionista, e acredita-se que os dois candidatos levem a disputa ao segundo turno, em 16 de janeiro. Outro concorrente de peso é Michel Martelly, popular cantor haitiano.

Os eleitores vão escolher também 99 deputados e os ocupantes de 11 das 30 vagas do Senado.
 

28/11/2010 - 15h13

Mostra Cinema e Direitos Humanos no Rio terá debates e participação de moradores de comunidades

Paulo Virgílio
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro - A programação carioca da 5ª Mostra Cinema e Direitos Humanos, que acontece este ano em 20 capitais brasileiras, terá um diferencial em relação à de outras cidades. Paralelamente à exibição de 41 filmes, entre clássicos, premiados e inéditos, de 30 de novembro a 5 de dezembro, na Caixa Cultural do Rio de Janeiro, serão realizados debates sobre temas abordados em alguns dos títulos da mostra. Moradores e estudantes de comunidades que vivenciaram uma história de violência poderão assistir aos filmes e debates, como resultado de um trabalho de mobilização da Secretaria Estadual de Assistência Social e Direitos Humanos.

A mostra é uma realização da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, com produção da Cinemateca Brasileira, patrocínio da Petrobras e apoio local da secretaria estadual. Na abertura, às 19 horas do dia 30, será exibido o documentário Perdão, Mister Fiel, de Jorge Oliveira, premiado como melhor filme pelo júri da Câmara Legislativa no Festival de Brasília do ano passado. O filme aborda a morte sob tortura do operário Manoel Fiel Filho, nos porões da ditadura, em 1976, em São Paulo, e discute o apoio dos Estados Unidos aos regimes militares da América do Sul, naquele período.

“O Rio é uma cidade com uma oferta cultural muito ampla em matéria de festivais de cinema, e por isso sentimos a necessidade de que a mostra aqui tivesse esse diferencial”, afirma Marcus Vinicius de Mattos, da Subsecretaria de Promoção e Defesa dos Direitos Humanos do órgão estadual e um dos responsáveis pela programação carioca. O deputado estadual Marcelo Freixo (P-SOL), presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa, será um dos debatedores da mesa Memória e Verdade, juntamente com o advogado Técio Lins e Silva, defensor de perseguidos durante a ditadura militar. Em outro enfoque da questão dos direitos humanos, a inclusão das minorias será abordada na mesa Multiculturalismo e Diversidade, pelo cacique Darci Tupã de Oliveira e pelo antropólogo João Pacheco de Oliveira Filho, do Museu Nacional.

Estudantes e moradores de três comunidades beneficiadas com as unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) – Providência, Cidade de Deus e Borel – receberão transporte gratuito da Secretaria Estadual de Assistência Social e Direitos Humanos para assistir aos eventos da mostra, que têm entrada franca. “Os jovens que assistirem aos debates e a pelo menos 30% dos filmes receberão certificados de participação em atividades acadêmicas, emitidos pela UFRJ”, explica Marcus Vinicius de Mattos. A universidade, por meio do Grupo de Pesquisa Direito e Cinema, é responsável pela organização dos debates.

A programação de filmes, disponível no site www.cinedireitoshumanos.org.br , está distribuída por dois grandes grupos. Retrospectiva Histórica – Direito à Memória e à Verdade, reúne títulos sobre fatos e consequências das ditaduras militares nas décadas de 60 a 80 na América do Sul. Já a sessão Contemporâneos traz produções inéditas sobre uma ampla variedade de temas, como direito à terra e ao trabalho, diversidades étnica e religiosa, direitos dos povos indígenas, dos afrodescendentes, das pessoas com deficiência, cidadania LGBT e refugiados.

Edição: Fernando Fraga

28/11/2010 - 14h57

Jornalistas que acompanham a operação policial no Alemão trabalham sob tensão

Isabela Vieira
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro – Enquanto as polícias fazem incursões pelo Complexo do Alemão, na Penha, zona norte do Rio, uma tropa de jornalistas está a postos para informar o público sobre a operação. São correspondentes dos principais jornais, televisões e emissoras de rádio do país e do mundo, além de motoristas e auxiliares de câmera que trabalham, sem a devida infraestrutura por até 12 horas no local, sem rendição e alguns sem coletes à prova de balas.

Da agência de notícias francesa France Press, a jornalista Raha Bika, de 28 anos, acompanha as operações policiais desde a ocupação da Vila Cruzeiro na última quinta-feira (25). É a primeira vez que ela trabalha em zona de conflito e conta que se surpreendeu com os jornalistas brasileiros usando coletes à prova de balas. “Eu sabia que o Brasil tinha problemas sociais, mas não imaginava que a situação era de guerra”, disse a jornalista em referência aos tanques da Marinha que dão apoio às operações.

O jornal Correio Braziliense, de Brasília, enviou, na quinta-feira, a repórter Renata Mariz, de 30 anos, para o Rio de Janeiro. Depois de comprar um colete à prova de balas, Renata começou a acompanhar a situação no pé do Complexo do Alemão, na Estrada do Itararé. Foi exatamente no dia em que o repórter fotográfico da Agência Reuteurs Paulo Brandão Whitaker, de 50 anos, foi ferido na sexta-feira (26) por uma bala perdida na entrada do Alemão, onde a polícia esperou até ontem (27) pela rendição dos traficantes.

“Claro que eu tenho medo. Já entrei em muita comunidade em Brasília. Mas lá, é tudo plano. Aqui, você olha pra cima e não sabe onde o morro acaba. O tiro pode vir de qualquer lado”, afirmou Renata Maris.

Para Dario Dedoominicis, repórter fotográfico free lance (que trabalha por conta própria) italiano, a violência armada do Rio não é novidade. Ele disse que acompanhou disputas entre grupos mafiosos nas cidades de Nápoli e Sicília. O fotógrafo, no entanto, disse que ficou comovido com o desespero das famílias que deixaram suas casas ou que ficaram isoladas por causa do confronto.

O auxiliar cinematográfico de uma empresa de telejornalismo brasileira, que não quis se identificar, queixou-se das condições de trabalho. Ele disse que os jornalistas ficaram sem acesso a banheiros e alimentação ontem, quando nenhum estabelecimento comercial abriu. “Eu acho que as empresas deveriam oferecer rendição [substituição] para os profissionais ou melhores condições de trabalho”.

Edição: Lana Cristina

28/11/2010 - 14h50

Polícia prende um dos líderes do tráfico no Morro do Alemão

Vladimir Platonow
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro - A polícia prendeu no início da tarde Eliseu Felício de Souza, o Zeu, condenado por tráfico e também pela morte do jornalista Tim Lopes. Segundo os policiais, ele foi encontrado em casa e chegou a resistir ao cerco, mas acabou convencido a se entregar, com a garantia do respeito de sua integridade física.

“Ele está saindo sem nenhum ferimento. O Zeu se entregou depois de resistir passivamente em sua casa. Ele não estava armado”, contou o comandante do 17º Batalhão de Polícia Militar, coronel Marcos Neto, responsável pela prisão.

Os policiais chegaram à casa de Zeu por meio de informações repassadas pelos moradores e levaram cerca de 20 minutos para convencê-lo a se entregar.

Edição: Fernando Fraga

28/11/2010 - 14h28

Delegado diz que cenas nas ruas do Alemão depois da retomada são assustadoras

Douglas Corrêa
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro – O subchefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro, delegado Rodrigo Oliveira, descreveu como assustadora a realidade encontrada nas ruas do Complexo do Alemão após a entrada das tropas de ocupação das polícias Civil, Militar, do Exército e da Marinha, com apoio de dos helicópteros da Força Aérea Brasileira (FAB).

Os bandidos deixaram para trás muitos destroços no meio das ruas e vielas, como carros e pneus queimados, motos abandonadas e muito lixo no interior da comunidade.

Rodrigo Oliveira disse que muitos policiais civis, mesmo de férias e outros viajando para outros estados, retornaram para participar dessa operação de ocupação.

“O poder da força do Estado está devolvendo o Complexo do Alemão à comunidade, que era subjugada pelo tráfico de entorpecentes”, afirmou.

O delegado explicou que ele não tem a pretensão de dizer que o problema no Alemão já está resolvido. “O primeiro passo foi a ocupação territorial. A partir de agora, nós vamos realizar diversas buscas, checar diversos objetivos e, apesar do clima de aparente tranqüilidade, poderemos ainda encontrar marginais pela frente”, disse.

Edição: Fernando Fraga

28/11/2010 - 14h09

Vencedores da Olimpíada de Língua Portuguesa serão conhecidos nesta segunda-feira

Amanda Cieglinski
Repórter da Agência Brasil

Brasília – Depois de quatro seletivas, os 20 estudantes de escolas públicas que venceram a Olimpíada de Língua Portuguesa Escrevendo o Futuro serão conhecidos nesta segunda-feira (29) durante a cerimônia de premiação. Os 152 estudantes selecionados nas etapas escolares municipais e estaduais regionais participam da solenidade. O objetivo do concurso é estimular a leitura e melhorar as habilidades de leitura e escrita dos estudantes brasileiros.

A iniciativa começou em 2002, depois que o Brasil ficou em último lugar em leitura entre os países participantes do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa). A principal estratégia do projeto é a formação de professores. Os educadores inscritos – 239 mil em 2010 - participaram de cursos presenciais e receberam material específico para desenvolver as atividades da olimpíada com seus alunos.

Em 2010, participaram 7 milhões de estudantes do ensino fundamental e médio de 60 mil escolas públicas em 99% dos municípios brasileiros. O tema do concurso é O Lugar Onde Vivo. Os alunos desenvolvem os textos em modalidades diferentes de acordo com cada série: poema (5° e 6° ano do ensino fundamental), memórias literárias (7° e 8° ano do ensino fundamental), crônica (9° ano do fundamental e 1° ano do ensino médio) e artigo de opinião (2° e 3° ano do ensino médio).

Os 20 vencedores e seus professores receberão medalhas de ouro e computadores. As escolas onde eles estudam serão equipadas com laboratórios de informática e livros para a biblioteca. Os 500 semifinalistas ganharão medalhas de bronze e uma coleção de livros.

O presidente Luís Inácio Lula da Silva e o ministro da Educação, Fernando Haddad, farão a entrega dos prêmios. A coordenação técnica do concurso é do Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária (Cenpec).

Edição: Fernando Fraga

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