Paula Laboissière
Repórter da Agência Brasil
Brasília – O número de casos de aids no Brasil é maior entre os homens. De 1980 até junho de 2010, foram registradas 385.815 infecções (65,1%) de pessoas do sexo masculino contra 207.080 (34,9%) entre as do sexo feminino. Entretanto, o Ministério da Saúde já fala em uma feminização da epidemia no país, já que a diferença entre homens e mulheres é cada vez menor.
De acordo com o boletim epidemiológico divulgado hoje (1º), a proporção de mulheres infectadas para cada homem com a doença passou de 6, em 1989, para 1,6, no ano passado.
A taxa de incidência entre as pessoas do sexo masculino chegou a 25 casos em cada 100 mil habitantes contra 15,5 entre as mulheres.
Em ambos os sexos, a incidência é maior na faixa etária dos 30 aos 49 anos. No caso dos homens, os casos aumentam a partir dos 40 anos e, no das mulheres, a partir dos 30 anos.
No ano passado, a taxa de incidência de aids em mulheres com 50 anos ou mais dobrou em relação a 1999, passando de 5,7 casos em cada 100 mil habitantes para 12,3 casos.
Números sobre a aids no Brasil e no mundo:
Edição: Juliana Andrade
Da Agência Brasil
Brasília – Os integrantes do Conselho das Autoridades Centrais Brasileiras estão reunidos hoje (1º) para debater propostas destinadas a melhorar os procedimentos relacionados à adoção de crianças brasileiras por estrangeiros ou por brasileiros que moram no exterior.
Segundo a coordenadora-geral de Adoção e Subtração Internacional de Crianças e Adolescentes, Patrícia Lamego, um dos principais assuntos tratados na 13ª reunião do conselho é a ampliação da lista das sete nações que têm parcerias com o Brasil. “Há cinco países que querem adotar e nós estamos avaliando a possibilidade, mas o número de crianças disponíveis para adoção é pequeno e talvez não seja do nosso interesse”, explicou Lamego. Entre os países estão a Grécia e a Irlanda.
Outras propostas a serem discutidas são destinadas a aperfeiçoar o modelo do relatório psicossocial (que avalia as condições psicológicas da criança) e o monitoramento dos organismos internacionais que atuam no país. A Convenção de Haia, ratificada pelo Brasil em 2000, estabelece que o interessado em adotar criança de outro país deve ser representado por uma entidade estrangeira credenciada.
Edição: Graça Adjuto
Da Agência Brasil
Brasília - O filme O Céu Sobre os Ombros, de Sérgio Borges, foi o grande vencedor do 43º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, com cinco premiações: melhor filme, melhor direção, melhor roteiro e melhor montagem, além do prêmio especial do júri.
Encerrado ontem (30) à noite, o festival teve a presença de cerca de 30 mil pessoas durante os sete dias de apresentações e debates no Cine Brasília. De acordo com o curador Fernando Adolfo, o público aproximado, contando com as reprises que serão exibidas, a abertura e o público do projeto Cinema Voador, que faz parte do festival, pode chegar a 60 mil pessoas.
“O festival foi uma unanimidade de público”, afirma Adolfo, acrescentando que um dos pontos fortes é que grandes diretores começaram a carreira no festival. “Foi um mérito para nós lançar 108 filmes inéditos, Brasília tem o privilégio de assistir a esses filmes antes do restante do país”, afirma.
Quanto ao vazamento do resultado na imprensa antes do anúncio oficial, Fernando Adolfo explicou que a divulgação dos nomes dos ganhadores ocorreu porque todo ano a organização transmite esses dados aos veículos impressos para que consigam publicar no dia seguinte. “Acontece que este ano um dos veículos quebrou o acordo e divulgou a informação antes da hora. Houve protesto, mas nada que tirasse o brilho da premiação”, afirmou.
Edição: Graça Adjuto
Da Agência Brasil
Brasília - A capital do Equador, Quito, será a sede permanente da União das Nações Sul-Americanas (Unasul). A informação foi divulgada ontem (30) pelo ministro equatoriano das Relações Exteriores, Ricardo Patiño, durante coletiva à imprensa na cidade de Quayaquil. De acordo com o chanceler.
Segundo o chanceler, na capital equatoriana serão realizadas as reuniões da Unasul, as cúpulas e os demais eventos. “Claro que os presidentes das nações que compõem o bloco regional podem convocar reuniões em seus respectivos países, mas Quito será sempre a sede". De acordo com Patiño, com a ratificação do tratado constitutivo da Unasul pelo Parlamento do Uruguai, ontem (30), o bloco já tem os nove votos necessários para obter status jurídico internacional.
Antes do Uruguai, os parlamentos da Argentina, do Suriname, da Bolívia, do Chile, do Equador, da Guiana, do Peru e da Venezuela já haviam aprovado o tratado de criação da Unasul. Os parlamentos do Brasil, da Colômbia e do Paraguai ainda não incluíram o tema na pauta de votações. Com a aprovação do tratado constitutivo da Unasul pelo Parlamento uruguaio, o bloco passa a ter status jurídico e poderá ter orçamento, contratar trabalhadores e abrir contas, entre outras ações.
De acordo com o chanceler equatoriano, "o maior problema da Unasul para ajudar o Haiti, por exemplo, foi o fato de o órgão não ter vida jurídica. Fomos ao Banco Interamericano de Desenvolvimento [BID] pedir um empréstimo, mas nos perguntaram: 'A quem vamos emprestar o dinheiro?'", relatou Patiño.
Assim que o Parlamento uruguaio enviar ao Equador o documento oficial aprovando a Unasul, todos os organismos políticos e financeiros - nacionais e internacionais - serão informados sobre a existência jurídica do órgão.
O cargo executivo mais importante do órgão, o de secretário-geral, está vago desde a morte do ex-presidente argentino Néstor Kirchner, no dia 27 de outubro. Kirchner foi eleito para o cargo durante Cúpula da Unasul realizada em Buenos Aires, em maio deste ano. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva descartou a possibilidade de ocupar o cargo, depois que seu nome começou a circular como provável candidato.
Edição: Juliana Andrade
Amanda Cieglinski
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O Distrito Federal é a unidade da Federação com o maior investimento público por aluno da educação básica ao ano: R$ 4.834,43. Roraima aparece em seguida, com R$ 4.365,37 gastos anualmente, por estudante. Os dados fazem parte do relatório do movimento Todos pela Educação, divulgado hoje (1°). A entidade criou cinco metas de acesso e qualidade da educação no Brasil e acompanha os resultados periodicamente.
A meta cinco refere-se justamente ao investimento público na educação básica. A entidade defende que o país invista 5% do Produto Interno Bruto (PIB) na área, patamar que deve ser atingido ainda este ano e mantido até 2022. Os dados mostram que em 2009 o país aplicou 4,3% do PIB no setor. O relatório aponta que, mantido o ritmo de crescimento dos últimos anos, o percentual não será atingido.
O estudo também traz análises sobre o acesso da população de 4 a 17 anos à escola, a alfabetização das crianças até 8 anos de idade, o aprendizado adequado dos alunos por série e a conclusão do ensino médio até 19 anos.
De acordo com a análise, o gasto educacional por aluno não tem relação com a região do país ou com a renda média da população do estado. Os recursos públicos investidos em cada estudante cresceram nos últimos anos, mas ainda variam muito de acordo com a unidade da federação: 12 estados investem menos do que a média nacional – R$ 2.948 ao ano por aluno.
Se o Distrito Federal e Roraima lideram a lista dos que mais investem, na outra ponta, Bahia, Paraíba e Amazonas apresentam os menores valores por aluno: R$ 1.766,94; R$ 1.802,39 e R$ 1.868,07, respectivamente.
Confira abaixo os valores por estado:
Estado |
Valor investido por aluno/ano |
1. Distrito Federal |
R$ 4.834,43 |
2. Roraima |
R$ 4.365,37 |
3. Amapá |
R$ 3.729,39 |
4. Espírito Santo |
R$ 3.687,37 |
5. Mato Grosso do Sul |
R$ 3.481,96 |
6. Acre |
R$ 3.269,33 |
7. Sergipe |
R$ 3.111,59 |
8. Tocantins |
R$ 2.946,82 |
9. São Paulo |
R$ 2.930,56 |
10. Rio de Janeiro |
R$ 2.773,33 |
11. Ceará |
R$ 2.759,14 |
12. Goiás |
R$ 2.691,80 |
13. Mato Grosso |
R$ 2.510,95 |
14. Minas Gerais |
R$ 2.445,80 |
15. Rondônia |
R$ 2.410,95 |
16. Rio Grande do Sul |
R$ 2.369,02 |
17. Paraná |
R$ 2.301,10 |
18. Pernambuco |
R$ 2.157,11 |
19. Piauí |
R$ 2.120,53 |
20. Alagoas |
R$ 2.070,23 |
21. Santa Catarina |
R$ 2.052,57 |
22. Rio Grande do Norte |
R$ 2.038,18 |
23. Maranhão |
R$ 2.033,48 |
24. Pará |
R$ 2.006,35 |
25. Amazonas |
R$ 1.868,07 |
26. Paraíba |
R$ 1.802,39 |
27. Bahia |
R$ 1.766,94 |
Edição: Talita Cavalcante
Amanda Cieglinski
Repórter da Agência Brasil
Brasília – Pouco mais de um terço dos alunos do 5° ano do ensino fundamental sabe ler e escrever de acordo com o esperado para a série. Também há defasagem no aprendizado de matemática, no caso dos alunos do 9º ano. As informações são do relatório do movimento Todos pela Educação, divulgado hoje (1°). A entidade criou cinco metas de acesso e qualidade da educação no Brasil e acompanha os resultados periodicamente.
Uma delas estabelece que, até 2022, pelo menos 70% deverão aprender o que é essencial para a sua série. Os patamares estipulados para 2009 foram parcialmente cumpridos: os resultados em língua portuguesa dos alunos do 5° ano ficaram abaixo do esperado: apenas 34,2% aprenderam o que deveriam, enquanto a meta era chegar a 36,6%. Em matemática, 32,6% dos estudantes atingiram o resultado indicado, superando os 29,1% estipulados.
Para os alunos do 9° ano do ensino fundamental, o cenário é inverso: a meta de português foi atingida, mas a de matemática não. Apenas 14,8% dos estudantes aprenderam o esperado para a série que cursavam – abaixo dos 17,9% estipulados pela entidade. Em língua portuguesa, 26,3% atingiram a pontuação adequada, superando a meta de 24,7%.
No ensino médio, 28,9% obtiveram o resultado esperado no caso de língua portuguesa (a meta era 26,3%) e só 11% alcançaram o aprendizado adequado para a etapa em matemática (a meta era 14,3%).
O estudo também traz análises sobre o acesso da população de 4 a 17 anos à escola, a alfabetização das crianças até os 8 anos de idade, a conclusão do ensino médio até os 19 anos e os investimentos públicos em educação.
No ano passado, uma proposta de emenda à Constituição (PEC) ampliou a obrigatoriedade do ensino no país. Antes apenas o ensino fundamental era compulsório – dos 6 aos 14 anos. Até 2016, o país terá que incluir todas as pessoas de 4 anos a 17 anos na escola, desde a pré-escola até o ensino médio. O atendimento está próximo de ser universalizado na faixa de 6 a 14 anos de idade (99,7%). Mas, considerando a população de 4 a 17 anos, o acesso cai para 91,9%. A maior cobertura está na Região Sudeste (93,5%) e a menor, na Sul (89,5%).
Edição: Juliana Andrade // Matéria alterada para esclarecer informação
Priscilla Mazenotti
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva lamentou hoje (1º) a baixa adesão de autoridades mundiais à Conferência do Clima (COP-16), em Cancun, no México. Para ele, a pouca participação, principalmente de países desenvolvidos, vai contribuir para a falta de acordo nos impasses sobre a redução da emissão de gás carbônico (CO2) e o desmatamento.
Lula ressaltou, porém, que o índice de desmatamento brasileiro é menor, não para dar satisfação a esses países, mas pelo compromisso que o próprio país assumiu. “O importante é que o compromisso que assumimos aqui, vamos cumprir. E vamos cumprir porque é nossa obrigação”, comentou, ao participar da cerimônia de divulgação dos dados sobre desmatamento na Amazônia.
Lula disse que o fato de o Brasil ter apresentado o menor índice de desmatamento dos últimos 22 anos, quando a região começou a ser monitorada, deve-se também a conversas com prefeitos e governadores das áreas desmatadas.
“Eles, em vez de adversários, passaram a ser parceiros. Perceberam que era vantagem para eles”, comentou. “Nós evoluímos muito. A sociedade brasileira, os empresários, os ambientalistas evoluíram. Não nos tratamos mais como se fossemos inimigos, nos tratamos como se fossemos parceiros”, acrescentou.
O Brasil registrou, entre agosto de 2009 e julho de 2010, o menor índice de desmatamento da Amazônia dos últimos 22 anos. Foram 6.450 quilômetros quadrados (km2). Só em relação ao período anterior, o número é 14% menor.
Os três estados que tradicionalmente mais desmatam Pará, Mato Grosso e Rondônia apresentaram redução significativa. Dos três, o Mato Grosso foi o estado que menos desmatou. Se em 2004, foram 14 mil km2, em 2010, o número caiu para menos de mil.
Na cerimônia, Lula ainda entregou contratos de concessão de uso de terra a 2,5 mil famílias de sete unidades de conservação federal, sendo seis reservas extrativistas e uma floresta nacional. O documento dá direito às famílias explorarem de forma sustentável os recursos naturais conforme plano de manejo.
Durante a cerimônia foi assinado o decreto que cria o Macrozoneamento Ecológico-Econômico da Amazônia Legal (MacroZEE). A ideia é promover o desenvolvimento sustentável na região.
Edição: Talita Cavalcante
Kelly Oliveira
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O superávit comercial - saldo positivo de exportações menos importações - de novembro ficou em US$ 312 milhões, contra US$ 611 milhões registrados em igual período de 2009, informou hoje (1º) o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.
A quinta semana do mês apresentou déficit de US$ 399 milhões e a quarta semana registrou superávit de apenas US$ 49 milhões. No mês, também foi registrado resultado negativo na terceira semana – US$ 663 milhões. Na primeira e na segunda semana, os saldos foram positivos, de US$ 429 milhões e US$ 896 milhões, respectivamente.
No mês passado, as exportações totalizaram US$ 17,688 bilhões e as importações chegaram a US$ 17,376 bilhões.
De janeiro a novembro, o superávit comercial soma US$ 14,933 bilhões, 35,4% menor do que o saldo registrado no mesmo período de 2009 (US$ 23,106 bilhões). Nos 11 meses deste ano, as exportações chegaram a US$ 180,997 bilhões e as importações ficaram em US$ 166,064 bilhões.
Às 15h30, o diretor do Departamento de Planejamento e Desenvolvimento do Comércio Exterior da Secretaria de Comércio Exterior do MDIC, Roberto Dantas, concede entrevista coletiva à imprensa para comentar o resultado de novembro.
Edição: Juliana Andrade
Paula Laboissière
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Cerca de 630 mil brasileiros vivem com HIV em todo o país – desses, 255 mil não sabem que foram infectados. Os dados foram divulgados hoje (1º) pelo Ministério da Saúde.
De acordo com a pasta, o número de testes de HIV distribuídos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) passou de 3,3 milhões, em 2005, para 8,9 milhões em 2009. O índice de testagem para HIV em todo o país, no ano passado, foi de 38,4%.
Números sobre a aids no Brasil e no mundo:
Edição: Talita Cavalcante
Paula Laboissière
Repórter da Agência Brasil
Brasília – O número de novas infecções por HIV no Brasil passou de 37.465, em 2008, para 38.538, no ano passado, de acordo com dados divulgados hoje (1º) pelo Ministério da Saúde.
Para a pasta, o crescimento não é preocupante, porque resulta do aumento de testagens em todo o país.
O boletim epidemiológico aponta ainda que 11.839 pessoas com HIV morreram em 2009, praticamente o mesmo número registrado em 2008 (11.815). Desde os anos 80, mais de 229 mil pessoas morreram em decorrência da doença.
Números sobre a aids no Brasil e no mundo:
Edição: Juliana Andrade