Paula Laboissière
Repórter da Agência Brasil
Brasília – Jovens brasileiros de 15 a 24 anos são o foco da campanha O Preconceito como Aspecto de Vulnerabilidade ao HIV/Aids, que será lançada hoje (1º) pelo Ministério da Saúde para marcar o Dia Mundial de Luta contra a Aids.
De acordo com dados do ministério, o grupo tem o maior número de parceiros casuais em relação a adultos e cerca de 40% deles declararam não usar preservativo em todas as relações sexuais.
O objetivo da campanha, segundo o Ministério da Saúde, é a desconstrução do preconceito sobre pessoas que vivem com o vírus HIV no Brasil, além da conscientização de jovens sobre comportamentos seguros de prevenção contra a aids.
Bruna Lopes, de 20 anos, acredita que a campanha é importante para alertar os jovens em relação aos riscos que correm ao ter uma relação sexual sem camisinha. Ela admitiu que sente dificuldade em usar o preservativo quando está em um relacionamento que parece estável. “A gente confia mas, na verdade, é arriscado também”, contou.
Para Silvana Pereira, de 18 anos, falta estratégia para convencer os jovens sobre a importância de se prevenir por meio da camisinha – sobretudo para meninas mais novas. “Todo mundo já sabe, mas continua fazendo. Então, tem alguma coisa errada”, disse. Mesmo casada, Silvana faz o teste rápido de seis em seis meses. “O problema é que confiamos nos parceiros e não usamos camisinha”, afirmou.
Raiane Souza, de 21 anos, confirma a versão de que o que falta mesmo aos jovens não é informação, mas responsabilidade. “Vejo que as meninas não pensam no que estão fazendo. Muitas vezes, vamos na empolgação e, quando vemos, já foi sem camisinha mesmo”.
O Dia Mundial de Luta Contra a Aids foi instituído como forma de despertar a necessidade de prevenção, de promoção do entendimento sobre a pandemia e de incentivar a análise sobre a aids pela sociedade e órgãos públicos. No Brasil, a data começou a ser comemorada no fim dos anos 80.
Números sobre a aids no Brasil e no mundo:
Edição: Graça Adjuto
Da Agência Brasil
São Paulo – O Fórum ONG Aids de São Paulo promove hoje (1º), Dia Mundial de Luta contra a Aids, das 9h às 12h, manifestação na Praça da República. O tema deste ano é Movimento de Aids em Defesa da Vida.
O ato público vai reunir representantes das 120 organizações não governamentais (ONGs) que atuam no combate à doença no estado de São Paulo, além de ativistas nas áreas de saúde e cidadania. O Fórum ONG Aids pretende, com o ato, alertar para as conquistas obtidas até agora e falar de alguns retrocessos nas políticas públicas de saúde voltadas aos portadores do vírus HIV.
Também serão discutidas durante o evento questões como diagnóstico tardio, falta de leitos e carência nos serviços de atendimento especializado da doença.
Edição: Graça Adjuto
Da Agência Brasil
São Paulo - A Confederação Nacional da Indústria (CNI) abre hoje (1º) em São Paulo o 5º Encontro Nacional da Indústria. O encontro deve reunir até amanhã (2) cerca de 2 mil empresários no Transamérica Expo Center.
Os desafios das empresas brasileiras no mercado global e o impacto dos gastos públicos, dos impostos e do câmbio na competitividade do país estão entre os temas que serão discutidos.
O encontro será aberto às 10h pelo presidente da CNI, Robson Braga de Andrade. O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, e o presidente do Conselho de Administração do Grupo Gerdau, Jorge Gerdau Johannpeter, vão discutir com empresários as medidas necessárias para aumentar a competitividade brasileira.
Edição: Graça Adjuto
Débora Zampier
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A campanha de José Serra (PSDB) à Presidência da República, que arrecadou R$ 120 milhões, contou com contribuições de 29 empresas que doaram, cada uma, mais de R$ 1 milhão, somando R$ 53,63 milhões.
Os principais doadores da campanha tucana foram o Itaú Unibanco (R$ 4 milhões) e a Alvorada Cartões, Crédito, Financiamento e Investimento (R$ 4 milhões). Também doaram mais de R$ 1 milhão ao candidato tucano: Ambev (R$ 1,8 milhão); Votoner – Votorantim Comércio de Energia (R$ 1,63 milhão); Hypermarcas (1,5 milhão); Leyroz de Caxias Indústria Comércio e Logística (R$ 1,2 milhão); Grendene e Fibra Celulose (R$ 1 milhão cada).
Segundo o demonstrativo de despesas do comitê financeiro de Serra, os maiores gastos do candidato foram com produção de programas para rádio e TV, serviços prestados por terceiros, despesas com transporte e deslocamento e publicidade em materiais impressos.
Edição: Aécio Amado
Débora Zampier
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A campanha da presidenta eleita Dilma Rousseff arrecadou R$ 148,8 milhões, sendo que mais da metade desse valor, R$ 88,39 milhões, vieram de um grupo de 41 empresas que doaram mais de R$ 1 milhão. Os três maiores doadores individuais foram JBS-Friboi (R$ 9 milhões), Camargo Corrêa (R$ 8,5 milhões) e Andrade Gutierrez (R$ 5,1 milhões).
O setor que teve mais doações milionárias foi o da construção e engenharia: R$ 37,35 milhões. Catorze empresas empresas doaram valores entre R$ 1 milhão e R$ 8,5 milhões. A agroindústria foi o segundo setor que mais teve doações milionárias: cinco empresas foram responsáveis por R$ 18,2 milhões da campanha de Dilma.
Oito empresas da área de metalurgia, siderurgia, mineração e produção de cimento doaram quantias que somaram R$ 12,2 milhões. Já no setor bancário, três instituições fizeram doações que totalizaram R$ 6,5 milhões: Itaú Unibanco (R$ 4 milhões), BTG (R$ 1,5 milhões) e Santander (R$ 1 milhão).
A prestação de contas do comitê financeiro mostra que a campanha de Dilma Rousseff arrecadou R$ 174.5 mil em doações pela internet por meio de cartão de crédito.
Segundo o demonstrativo de gastos da candidata e do comitê, as áreas onde mais se investiu dinheiro foram a produção de programas de rádio, TV e vídeo, publicidade de materiais impressos, publicidade em placas e transporte.
Edição: Aécio Amado
Da Agência Brasil
Brasília – O Festival de Brasília do Cinema Brasileiro foi marcado pela forte presença de tecnologias digitais. A mostra teve a apresentação de seis longas-metragens, 12 curtas-metragens e 22 filmes digitais.
A solenidade de premiação está ocorrendo na noite de hoje (30). Antes da solenidade de premiação foi exibido o filme Os Deuses e os Mortos, de Rui Guerra, com destaque para a presença do público jovem. A expectativa para saber quem levaria o troféu de melhor filme da 43ª edição do festival lotou o Cine Brasília.
Para a diretora cinematográfica, Edna Fujii, a realização de festivais de cinemas no país tem colaborado para a evolução dos filmes e das produções em geral. A diretora atua em várias instituições, como na Associação Brasileira das Empresas da Indústria de Cinema e Audiovisual (Abeica), no Congresso Brasileiro de Cinema e no Instituto do Audiovisual – Escola de Cinema Darcy Ribeiro.
“Tenho acompanhado de perto essa evolução do cinema brasileiro. Hoje temos uma linguagem leve. É por isso que incentivo a promoção de eventos como este. Temos que produzir”.
O estudante de cinema Fábio Fischer, de São Paulo, foi a Brasília para acompanhar o festival. Segundo ele é uma oportunidade única para adquirir conhecimento e conhecer nomes renomados do cinema brasileiro. “O bom do festival é que conhecemos muito da nossa cultura e também o modo de se produzir da nossa indústria. Aqui vemos o cinema de vanguarda”.
De acordo com a estudante, Camila Brandão, as mostras digitais foram o ponto alto do festival. "Eu gosto muito da inserção dessa nova tecnologia. Ela mostra que se tivermos um bom equipamento em casa também podemos produzir. Todos podem ser produtores, diretores e criadores".
O festival distribuirá R$ 555 mil em prêmios. Entre as categorias que serão premiadas estão a de melhor filme de longa-metragem, o melhor curta ou média de 35 milímetros, além dos filmes digitais e o prêmio do júri popular.
Edição: Rivadavia Severo
Douglas Corrêa
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro – A Defensoria Pública do estado instalou hoje (30) um ônibus na Estrada do Itararé, um dos principais acessos ao Complexo do Alemão, para dar assistência jurídica aos moradores da comunidade.
Entre os serviços prestados à população estão a segunda via de carteira de identidade e de habilitação. Os moradores da Vila Cruzeiro, na Penha, e do Complexo do Alemão, poderão, também, registrar queixas em casos de furtos e saques a residências durante revista das forças de segurança.
A Defensoria Pública oferece ainda auxílio jurídico a traficantes de drogas que estejam escondidos na comunidade e queiram se entregar à polícia.
Edição: Aécio Amado
Iolando Lourenço
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Líderes partidários da Câmara tentaram hoje (30), durante reunião, chegar a um acordo para votar algumas propostas que estão na pauta, além das medidas provisórias que trancam as votações. No entanto, não houve consenso entre eles.
Representando a liderança do governo, o deputado José Genoíno (PT-SP) disse que a ideia era votar ainda hoje, caso houvesse acordo, o projeto de lei que cria o Fundo Social e o sistema de partilha da exploração do pré-sal e o projeto que muda a Lei Kandir.
O acordo previa ainda votar amanhã a proposta de emenda à Constituição (PEC) que prorroga a vigência do Fundo de Combate e Erradicação da Pobreza. A intenção também era incluir na pauta de votações matérias como as mudanças no Supersimples e a regulamentação dos bingos, entre outras.
Genoíno informou que o governo não concorda em votar este ano o projeto sobre o Código Florestal e a PEC que cria o piso salarial nacional para os policiais.
Durante a reunião, segundo o vice-presidente da Câmara, deputado Marco Maia (PT-RS), os líderes partidários conversaram sobre a criação de duas comissões. Uma destinada a analisar a proposta do Código Florestal e a outra para avaliar a questão da segurança pública de maneira geral. Nesta discussão, está incluída a proposta do piso nacional para os policiais.
Entretanto, os líderes não chegaram a um acordo no dia de hoje, principalmente porque os defensores da PEC dos Policias não aceitam votar qualquer outra matéria antes de apreciar em plenário a proposta que institui o piso nacional para os policiais militares e civis e bombeiros militares.
Os líderes ainda vão insistir nas votações da mudança da Lei Kandir e da PEC do Fundo de Erradicação da Pobreza, propostas que têm o apoio dos governadores. O governo também quer votar este ano do projeto do pré-sal.
Caso não haja acordo, os deputados vão continuar votando apenas as medidas provisórias que estão trancando a pauta. Restam nove medidas provisórias trancando as votações.
Além das medidas provisórias, os deputados e senadores trabalham para votar antes do final do ano o Orçamento Geral da União para 2011. Na próxima semana, eles começam a votar na Comissão Mista de Orçamento os relatórios setoriais.
Edição: João Carlos Rodrigues
Daniella Jinkings
Repórter da Agência Brasil
Brasília – A partir de hoje (30), o governo vai debater com a sociedade a criação de um marco legal para proteção de dados pessoais no Brasil. O debate público, aberto pelo Ministério da Justiça, vai consultar a sociedade civil sobre os termos do anteprojeto de lei sobre o uso de dados pessoais do cidadão brasileiro.
O debate será feito por meio de um blog que ficará disponível para receber contribuições da sociedade por 60 dias. Segundo o secretário de Assuntos Legislativos do Ministério da Justiça, Felipe de Paula, o objetivo da consulta pública é coletar sugestões para a redação do projeto de lei. O texto deve ser encaminhado ao Congresso Nacional até o segundo semestre de 2011.
“Queremos construir um projeto de lei equilibrado. A ideia é dar um primeiro desenho de um projeto de lei sobre proteção de dados pessoais. Hoje, o que a gente tem é o uso de dados sem o consentimento do indivíduo. É preciso saber se esse dado está sendo usado, para que ele está sendo usado e se ele está sendo transferido para outras empresas”, afirmou o secretário.
O anteprojeto de lei regulamenta fundamentalmente bancos de dados cadastrais. De acordo com Felipe de Paula, as punições vão desde dissociação dos dados a previsão de multas. A iniciativa é uma parceria do Ministério da Justiça com o Observatório Brasileiro de Políticas Digitais do Centro de Tecnologia e Sociedade da Fundação Getulio Vargas.
Na legislação brasileira, a proteção de dados pessoais não é tratada de forma específica. A privacidade e a intimidade são garantias fundamentais prevista na Constituição Federal, mas as normas existentes são consideradas esparsas e setoriais por especialistas da área. “A partir das intensas experiências, entendemos que hoje existe legitimidade para a proposta de marco legal com a finalidade de proporcionar proteção à pessoa”, disse a diretora substituta do Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor, Laura Schertel.
Atualmente, cerca de 60 países têm uma legislação específica de proteção de dados pessoais. De acordo com Laura Schertel, as informações pessoais de cidadãos brasileiros só serão transmitidas a outros países que tiverem projeto de segurança de nível igual ou superior ao do Brasil. “Os riscos na manipulação dos dados pessoais são globais e requerem um enfrentamento global”.
Para participar do debate, o interessado deve acessar o endereço eletrônico http://culturadigital.br/dadospessoais.
Edição: Aécio Amado
Ivan Richard
Repórter da Agência Brasil
Brasília – O primeiro evento oficial de governo com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da presidenta eleita, Dilma Rousseff, depois das eleições, foi marcado pela troca elogios. Durante a inauguração das eclusas da Usina Hidrelétrica de Tucuruí , no Rio Tocantins, no Pará, Lula afirmou que Dilma poderá fazer em quatro anos mais do que ele fez em oito. Já Dilma, afirmou que Lula entrará para a história como maior presidente que o Brasil já teve.
Em seu discurso, Lula ressaltou que Dilma assumirá o país no ano que vem com investimentos recorde e em andamento as maiores obras hidrelétricas e de ferrovias do mundo.
Dilma afirmou que a construção da Hidrelétrica de Tucuruí mostra da sensibilidade política de Lula. “Esta obra é a manifestação da sensibilidade política. O presidente Lula sabia que a eclusa abre para o Pará, para a Região Norte e para o Nordeste para oportunidade de geração de emprego e de renda. Cria oportunidade para jovens, homens e mulheres estudarem no campos avançado de Tucuruí. Essa sensibilidade que torna o presidente Lula o presidente de todos os brasileiros, principalmente daquelas regiões mais pobres do país”.
O presidente disse que as obras de Tucuruí só serão bem aproveitadas se trouxerem benefícios aos moradores do Pará e a todos os brasileiros. “Essa eclusa que inauguramos hoje, que falaram que tem não sei quantos maracanãs, elas só terão sentido se significarem a melhoria da qualidade de vida de homens e mulheres que moram nesse país. Se for apenas para os ricos passarem e não deixarem parte de sua riqueza, estaremos cometendo o mesmo erro histórico em que os ricos ficavam cada vez mais ricos e os pobres cada vez mais pobres”.
De acordo com o ministério de Minas e Energia, o sistema de transposição de desnível (eclusas) construído na Hidrelétrica de Tucuruí possibilitará a utilização dos rios Tocantins e Araguaia como hidrovias de grande porte, permitindo o tráfego de comboios com capacidade de carga de 19 mil toneladas.
As eclusas de Tucuruí, que são as maiores do Brasil e uma das maiores do mundo, segundo o ministério, compõem um conjunto de tanques para elevar ou baixar embarcações em diferentes níveis. Cada um dos dois tanques mede 33 metros de largura e 210 metros de comprimento, com 44,5 metros de altura e capacidade para dar passagem a 40 milhões de toneladas de cargas por ano. De acordo com o Ministério dos Transportes, as eclusas permitirão a passagem de um comboio de até quatro barcos do tipo chatas, por elevação ou descida, em uma mesma operação.
Edição: Rivadavia Severo