01/12/2010 - 12h51

Até a próxima semana, PMDB deve entregar a Dilma nomes para compor ministérios

Marcos Chagas
Repórter da Agência Brasil

Brasília - O PMDB quer entregar até a próxima semana à presidenta eleita, Dilma Rousseff, as indicações às que a legenda considera ter direito na composição da equipe ministerial. O vice-presidente eleito e interlocutor do partido na equipe de transição, Michel Temer (PMDB-SP), disse hoje (1º) que o partido considera como da cota pessoal de Dilma as indicações de Sérgio Côrtes para o Ministério da Saúde e a manutenção de Nelson Jobim, na Defesa.

Temer acrescentou que o PMDB teria direito a indicar mais quatro ou cinco vagas, neste último caso, se for considerado que lhe cabe indicação por cota pessoal. Pelas contas, as bancadas na Câmara e no Senado teriam direito a duas indicações cada e ele a uma. “Estamos ajustando esse ponteiro e vamos ajustá-lo, tenho absoluta convicção”, destacou.

O parlamentar minimizou as notícias veiculadas hoje de que as bancadas na Câmara e no Senado estariam se sentido preteridas nas discussões. “O que há é aquele desconforto muitas vezes daqueles que querem um pouco mais, um pouco menos, nada que nos preocupe. Estamos trabalhando, estamos conversando, e o PMDB terá um espaço compatível com seu tamanho, isso a presidenta [Dilma Rousseff] já disse. Então, não há dificuldade nenhuma na relação”, afirmou o vice-presidente eleito.

Sobre a indicação do secretário de Saúde do Rio de Janeiro, Sérgio Côrtes, para o Ministério da Saúde – que pelas informações publicadas na imprensa seria negociação do governador Sérgio Cabral (PMDB) – Temer disse que conversou com o governador pela manhã. Segundo ele, Cabral afirmou que não procurou ninguém porque, “na verdade isso foi uma cota pessoal”.

Ainda segundo o relato de Michel Temer, o governador disse que Dilma o procurou porque queria um técnico para a pasta e que “apreciava o trabalho de Sérgio Côrtes e que entrava na cota pessoal dela”.

Temer ressaltou que por ser vice-presidente eleito, além de interlocutor do partido na transição, tem que colaborar com o governo.

Sobre as insatisfações colocadas a público pelo peemedebista Moreira Franco (RJ), Michel Temer disse que ele também lhe telefonou para dizer que “não se pode correr o risco de esvaziar quem é o interlocutor do PMDB que foi nomeado por todos”. O vice-presidente eleito acrescentou que, em conversa com os senadores José Sarney (PMDB-AP) e Renan Calheiros (PMDB-AL), esse ponto foi reforçado e que seu papel “não está minimamente esvaziado”.

Edição: Talita Cavalcante

01/12/2010 - 12h50

Beltrame reitera que denúncias de abusos policiais no Alemão serão apuradas

Da Agência Brasil

Rio de Janeiro - O secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro, José Mariano Beltrame, reafirmou hoje (1º) que as denúncias dos moradores do Complexo do Alemão sobre excessos cometidos por policiais durante a ocupação da área serão apuradas pela Corregedoria-Geral Unificada das Polícias Civil e Militar.

Beltrame ressaltou que colocou um ônibus da Defensoria Pública à disposição dos moradores da comunidade interessados em fazer as denúncias. O secretário disse, ainda, que “é preciso que a população entenda a operação, porque por trás disso, o objetivo social foi atingido”.

Sobre as denúncias de má conduta de policiais, Beltrame considerou que o episódio serve de lição para melhorar, cada vez mais, o trabalho da corporação.

O secretário fez as declarações após participar da solenidade de entrega de espadas a 78 novos aspirantes a oficiais da Polícia Militar, na Academia de Polícia, no bairro da Sulacap, zona oeste da cidade.

Edição: Juliana Andrade

01/12/2010 - 12h44

Desmatamento na Amazônia avança nas pequenas áreas

Luana Lourenço
Repórter da Agência Brasil

Brasília - Mais de 80% dos 6.451 quilômetros quadrados (km²) de desmatamento verificados na Amazônia entre agosto de 2009 e julho de 2010 estavam em pequenas áreas, de acordo com números do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), divulgados hoje (1°).

O perfil da devastação mudou nos últimos anos. As operações de fiscalização e a restrição de crédito aos agressores da floresta conseguiram frear o desmate em grandes extensões de terra, mas o ritmo da derrubada avança em pequenas áreas, os chamados puxadinhos.

Em 2002, o desmatamento de áreas com menos de 25 hectares representava apenas um terço da taxa anual. Segundo o diretor do Inpe, Gilberto Câmara, “temos uma expansão dos pequenos desmates, que vai necessitar de investimentos específicos”.

A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, disse que as políticas de controle e fiscalização do desmatamento na Amazônia serão direcionadas para esse novo perfil. “O dado de hoje mostra que a tendência de grandes desmatamentos está estabilizada. O grande desafio será monitorar e avançar em torno dos pequenos, o desmatamento puxadinho”.

Além da fiscalização e do controle, as novas estratégias de combate ao desmatamento devem priorizar ações de regularização fundiária, ampliação de áreas protegidas e criação de alternativas econômicas para as populações que vivem de atividades ligadas ao desmatamento.

A taxa anual de desmatamento divulgada hoje foi a menor desde 1988, quando o Inpe começou o monitoramento. Em relação a 2009, a queda foi de 14%. Os satélites registraram redução em quase todos os estados da Amazônia. Apenas no Acre e no Amazonas o ritmo de desmate cresceu de um ano para o outro.

Edição: Vinicius Doria

01/12/2010 - 12h31

Fluxo cambial de novembro é positivo em US$ 1,216 bilhão até dia 26

Kelly Oliveira
Repórter da Agência Brasil

Brasília - O saldo da entrada e saída de dólares do país (fluxo cambial) ficou positivo em US$ 1,216 bilhão, em novembro, até a última sexta-feira (26), segundo dados do Banco Central (BC), divulgados hoje (1º).

No segmento comercial (operações de comércio exterior), o saldo ficou negativo em US$ 218 milhões, no período, enquanto o fluxo financeiro (investimentos em títulos, remessas de lucros e dividendos ao exterior e investimentos estrangeiros diretos, entre outras operações) apresentou resultado positivo de US$ 1,434 bilhão.

De janeiro até o dia 26 de novembro, o saldo do fluxo cambial é positivo em US$ 25,255 bilhões, contra US$ 25,781 bilhões registrados em igual período de 2009. Os dados acumulados este ano até a semana passada mostram que o fluxo financeiro apresentou saldo positivo de US$ 28,134 bilhões, enquanto o comercial teve resultado negativo de US$ 2,879 bilhões.

O BC também informou que as compras de dólares no mercado à vista elevaram as reservas internacionais em US$ 2,101 bilhões.

Edição: Juliana Andrade

01/12/2010 - 12h28

Diminui em 45% incidência de HIV em crianças até 5 anos

Paula Laboissière
Repórter da Agência Brasil

Brasília - O Brasil registrou 13.676 casos de infecção por HIV em crianças menores de 5 anos, de 1980 a junho deste ano. A taxa de incidência nessa faixa etária foi reduzida em 44,4% de 1999 a 2009, passando de 5,4 para 3 infecções para cada 100 mil habitantes.

De acordo com o Ministério da Saúde, a maioria dos casos (88,3%) registrados em crianças menores de 5 anos ocorre por transmissão vertical – quando o vírus é transmitido da mãe para o bebê durante a gestação ou no momento do parto.

 

Números sobre a aids no Brasil e no mundo:

Edição: Talita Cavalcante

01/12/2010 - 12h24

Maioria dos infectados pelo HIV é branca e com oito a 11 anos de estudo

Paula Laboissière
Repórter da Agência Brasil

Brasília – A maioria dos brasileiros com HIV em 2009 é formada por brancos (47,7%). Em seguida, estão os negros (46,8%), os amarelos (0,5%) e os indígenas (0,3%), mostra boletim epidemiológico divulgado hoje (1º) pelo Ministério da Saúde. Segundo o estudo, 4,7% dos pacientes não declararam raça ou cor.

Do total de casos registrados no ano passado (20.832), a maior proporção de infecções está entre brasileiros que têm entre oito e 11 anos de estudo (30%). Em 1999, a incidência era maior entre aqueles com menos escolaridade: 29,5% dos casos foram verificados entre pessoas com até três anos de estudo.

Entre as mulheres infectadas, a média é de quatro a sete de anos de estudo e, entre os homens, de oito a 11.

 

Números sobre a aids no Brasil e no mundo:

Edição: Juliana Andrade

01/12/2010 - 12h21

Barreto diz que parceria do Ministério da Justiça será mantida no Rio

Daniel Lima
Repórter da Agência Brasil

Brasília - A parceria do Ministério da Justiça, por meio da Polícia Federal e da Polícia Rodoviária Federal, está consolidada e será mantida nos próximos meses de maneira “bastante intensa” no Rio de Janeiro, disse hoje (1º) o ministro da Justiça, Luiz Paulo Barreto.

Ele garantiu também que nas operações de combate ao narcotráfico o setor penitenciário federal vai manter e até ampliar o número de vagas necessárias para a detenção dos envolvidos com o tráfico e com os últimos episódios no estado.

“É todo aquele objetivo de garantir paz social ao Rio de Janeiro, que é o que a população espera e que todos nós desejamos. Essas forças vão continuar à disposição do governador Sérgio Cabral. ”, disse.

Luiz Paulo Barreto destacou que, além das operações, um trabalho de inteligência policial está em desenvolvimento no Rio de Janeiro, e o diretor-geral da Polícia Federal , Luiz Fernando Corrêa, foi ao estado para verificar as necessidades materiais e humanas, a fim de continuar com o apoio.

Sobre as denúncias de abusos nas operações no Morro do Alemão, o ministro disse que o importante é que "os fatos estão vindo a público e as autoridades do Rio têm apurado" as irregularidades apontadas pelos moradores. “Acompanhei daqui [Brasília]. As autoridades estão apurando para eventuais punições de pessoas que cometeram qualquer tipo de abuso. Numa hora como esta é importante a polícia ter a sensibilidade do seu trabalho”, disse.

Barreto elogiou o governador Sérgio Cabral que, segundo ele, está atento e prometeu adotar medidas para punir "eventuais ações" que violaram a conduta e a ética policial. “ O governo do Rio, mais uma vez, acerta nesse passo”, afirmou.

Edição: Graça Adjuto 

01/12/2010 - 12h12

Fiocruz lança teste rápido para diagnóstico do HIV

Da Agência Brasil

Rio de Janeiro - O teste confirmatório de diagnóstico do vírus HIV agora será feito em até 25 minutos – o método convencional leva até um mês para ficar pronto. O kit do teste rápido foi lançado hoje (1º) pelo Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos/Fiocruz), no Dia Mundial de Luta contra a Aids. O teste Confirmatório Imunoblot Rápido, que também tem margem mínima de erro e um custo cinco vezes menor para o governo federal, estará disponível na rede pública de saúde a partir de 2011.

De acordo com o gerente de Programa de Reativos de Bio Manguinhos/Fiocruz, Antônio Ferreira, o portador de HIV terá vários benefícios com a inovação tecnológica. Segundo ele, as gestantes vão ter menos risco de erro em seu teste preliminar, e a agilidade vai melhorar o atendimento nos centros de testagem.

“Com a confirmação rápida, já excluiremos qualquer possibilidade de erro nesse diagnóstico preliminar, evitando que eventualmente mãe e bebê sejam submetidos a um tratamento antirretroviral desnecessário.

Além disso, segundo ele, mais de 70% das pessoas não retornam aos centros de testagem para saber o resultado do exame. “À medida que você consegue juntar a triagem e a confirmação, você já faz um trabalho extremamente efetivo”, ressaltou Ferreira.

Ele também explicou que o teste proporciona, além da rapidez, vantagens relacionadas ao desempenho em termos de sensibilidade e especificidade.

Outras inovações tecnológicas estão sendo desenvolvidas para o combate às doenças retrovirais. “Uma conquista do Ministério da Saúde, da Coordenação da Política de Sangue e da FioCruz é a implementação gradual do teste NAT (teste de ácido nucleico) brasileiro para HIV e HCV (hepatite C), que é um teste molecular para ampliar a segurança nos serviços de hemoterapia no Brasil”, explicou o especialista. O teste já está registrado no Ministério da Saúde e deve ser implementado no primeiro semestre de 2011.

 

Números sobre a aids no Brasil e no mundo:

Edição: Talita Cavalcante

01/12/2010 - 12h10

Secretaria de Saúde reinicia cadastramento de moradores do Complexo do Alemão

Cristiane Ribeiro
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro - A Secretaria de Saúde do Rio reiniciou hoje (1º) o cadastramento dos moradores das favelas do Complexo do Alemão para saber as necessidades de atendimento médico na região. O cadastramento, que já havia começado, foi interrompido por causa dos tiroteios entre a polícia e traficantes na última semana que culminaram com a ocupação pelas Forças Armadas e as polícias Civil e Militar.

Duzentos agentes de saúde batem de porta em porta e logo nas primeiras residências eles identificaram falta de higiene, principalmente com crianças, e locais propícios a criadouros do mosquito Aedes aegypt, transmissor da dengue.

O início do mutirão foi acompanhado pelo secretário de Saúde do Rio, Hans Dorman. Ele disse que o objetivo agora é oferecer os serviços básicos de saúde às famílias do Complexo do Alemão e da Vila Cruzeiro.

Segundo Dorman, além das duas clínicas da Família e de uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) em funcionamento na região, a Secretaria de Saúde vai montar ainda nesta semana duas tendas próximas às entradas das favelas. A expectativa é atender pelo menos 90 mil. O combate à dengue será feito por um grupo de 11 agentes de endemias.

“Temos uma preocupação muito grande com a dengue, pois a região do Complexo do Alemão sempre apresentou índices altos de infestação devido às nossas dificuldades de atuar no local. Agora teremos oportunidade de fazer o combate mais efetivo a essa doença. De resto, temos desafios importantes de regiões de aglomeração urbana, como a tuberculose, as doenças sexualmente transmissíveis, a hipertensão e o diabetes”, listou Dorman.

Para consolidar a assistência básica de saúde às cerca de 400 mil pessoas que moram nas favelas do Complexo do Alemão e na Vila Cruzeiro, o secretário adiantou que a região terá mais quatro clínicas da Família. As obras devem começar na próxima semana.

Edição: Graça Adjuto

01/12/2010 - 12h07

Sudeste concentra mais da metade dos casos de aids no país

Paula Laboissière
Repórter da Agência Brasil

Brasília – O país registrou, de 1980 a junho de 2010, 592.914 casos de infecção por HIV. A maior concentração está na Região Sudeste, com 344.150 (58%). Em seguida, vêm o Sul, com 115.598 (19,5%); o Nordeste, com 74.364 (12,5%); o Centro-Oeste, com 34.057 (5,7%); e o Norte, com 24.745 (4,2%).

A Região Sul, entretanto, registra a maior taxa de incidência do país, com 32,4 casos em cada 100 mil habitantes, seguida pelo Sudeste (20,4), Norte (20,1), Centro-Oeste (18) e Nordeste (com 13,9).

Os dados fazem parte do boletim epidemiológico divulgado hoje (1º) pelo Ministério da Saúde.

 

Números sobre a aids no Brasil e no mundo:

 

Edição: Juliana Andrade

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