Secretaria de Saúde reinicia cadastramento de moradores do Complexo do Alemão

01/12/2010 - 12h10

Cristiane Ribeiro
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro - A Secretaria de Saúde do Rio reiniciou hoje (1º) o cadastramento dos moradores das favelas do Complexo do Alemão para saber as necessidades de atendimento médico na região. O cadastramento, que já havia começado, foi interrompido por causa dos tiroteios entre a polícia e traficantes na última semana que culminaram com a ocupação pelas Forças Armadas e as polícias Civil e Militar.

Duzentos agentes de saúde batem de porta em porta e logo nas primeiras residências eles identificaram falta de higiene, principalmente com crianças, e locais propícios a criadouros do mosquito Aedes aegypt, transmissor da dengue.

O início do mutirão foi acompanhado pelo secretário de Saúde do Rio, Hans Dorman. Ele disse que o objetivo agora é oferecer os serviços básicos de saúde às famílias do Complexo do Alemão e da Vila Cruzeiro.

Segundo Dorman, além das duas clínicas da Família e de uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) em funcionamento na região, a Secretaria de Saúde vai montar ainda nesta semana duas tendas próximas às entradas das favelas. A expectativa é atender pelo menos 90 mil. O combate à dengue será feito por um grupo de 11 agentes de endemias.

“Temos uma preocupação muito grande com a dengue, pois a região do Complexo do Alemão sempre apresentou índices altos de infestação devido às nossas dificuldades de atuar no local. Agora teremos oportunidade de fazer o combate mais efetivo a essa doença. De resto, temos desafios importantes de regiões de aglomeração urbana, como a tuberculose, as doenças sexualmente transmissíveis, a hipertensão e o diabetes”, listou Dorman.

Para consolidar a assistência básica de saúde às cerca de 400 mil pessoas que moram nas favelas do Complexo do Alemão e na Vila Cruzeiro, o secretário adiantou que a região terá mais quatro clínicas da Família. As obras devem começar na próxima semana.

Edição: Graça Adjuto