Pequenos e micro empresários podem ampliar negócios por meio de pregões na internet

06/10/2009 - 18h57

Isabela Vieira
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Os pequenos e micro empresários podem ampliar seus negócios com o governo por meio da participação em pregões eletrônicos. Os contratos realizados com as empresas públicas, os governos estaduais e as prefeituras por intermédio do Banco do Brasil movimentaram cerca de R$ 12 bilhões em 2008 e, neste ano, ultrapassam os R$ 10 bilhões. De acordo como gestor da página na internet de pregões eletrônicos do Banco do Brasil, Silvio César Cordioli, as cerca de 3 mil licitações  diárias “estão quase desertas”, porque o empresariado não conhece as vantagens e o funcionamento da plataforma, que gera economia para os fornecedores e compradores, assegura.“É possível eliminar os custos de um pregão presencial. Os empresários enviam sua proposta pelo computador do [seu] escritório, economizando com transporte e recursos humanos”, disse. " Dá para um fornecedor do Rio de Janeiro participar de um pregão no Acre", completou.Para estimular os fornecedores, Cordioli lembra também que a legislação favorece o micro e pequeno empresário em contratos com o governo, estabelecendo a prioridade no caso de empate com as empresas maiores e preferência nas licitações de até R$ 80 mil.O assessor do Banco do Brasil também destaca a transparência, a rapidez e o aumento da concorrência, que pode reduzir os preços. “Os fornecedores não são identificados durante o pregão para evitar qualquer tipo de conluio ou cartel”, explicou , durante o 2º Encontro Nacional de Oportunidades para as Micro e Pequenas Empresas nas Compras Governamentais (Fomenta).O sistema não impede, entretanto, os problemas comuns em licitações presenciais como as falhas no edital, o atraso na entrega de produtos e de pagamento por parte dos governos. Para os empresários que conhecem o sistema, o pregão eletrônico também não impede, necessariamente, a concorrência desleal por meio de favorecimento ilegal nas licitações.O administrador do portal reconhece as falhas nas licitações, mas reforça que elas não ocorrem no banco. “Podem ocorrer”, afirmou em relação à corrupção de servidores dos Executivos estaduais e municipais. “Tem coisas que ocorrem fora do pregão, que não podemos garantir”, afirmou. Para ele, as empresas devem avaliar essas condições antes de lançarem seus preços.Para participar dos pregões, tanto o fornecedor quanto o comprador (prefeituras, tribunais, empresas públicas e governos estaduais) devem ter cadastro no Banco do Brasil e pagar uma taxa de administração, que varia de acordo com o perfil da instituição.