Luana Lourenço
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O governoainda não definiu os custos e prazos para as obras necessárias à realização da Copa do Mundo de 2014, que terájogos em 12 cidades brasileiras. Os projetos – entre eles obras de saneamento e infraestrutura de transporte – não foramdefinidos, o que inviabiliza a projeção de quantodinheiro o governo e a iniciativa privada irão investir nomegaevento.De acordocom o ministro das Cidades, Márcio Fortes, o governo aindaestá ouvindo governadores, prefeitos e técnicos das 12cidades-sede sobre as propostas para obras. “Cabe aos estados e às prefeituras a indicação dos projetos e tambémindicar a priorização dos projetos [que serãofinanciados]”, afirmou o ministro ao citar que, em alguns casos, osgovernos estaduais e municipais apresentam propostas distintas paramudanças no transporte urbano, por exemplo.Apósas rodadas com os representantes das cidades, será a vez de osministérios envolvidos na realização da Copadefinirem o que sairá do papel. “É como no PAC[Programa de Aceleração do Crescimento]: tem a parteinicial e depois a parte da definição, envolvendo ostitulares da Casa Civil, da Fazenda, do Planejamento, dos Esportes,do Turismo e das Cidades”, listou o ministro após participarde audiência pública na Câmara.Durante areunião, o ministro foi cobrado por parlamentares a respeito daindefinição do planejamento e dos riscos de serepetir falhas ocorridas durante os Jogos Panamericanos do Rio deJaneiro em 2007, que teve contas questionadas pelo Tribunal de Contasda União e obras que ainda não foram concluídas, como a despoluição do Arroio Fundo, nazona oeste da capital carioca.Naavaliação de Márcio Fortes, é precisodeixar claras as responsabilidades sobre as obras, para que estados emunicípios também possam ser cobrados. “Estamosdefinindo o que ficará a cargo de quem. Estamos deixando issobem claro, em um entendimento federativo, para saber o que cada umdeve fazer e com cronograma.”Alémdos estádios que receberão os jogos, a infraestruturapara a Copa inclui obras em portos, aeroportos, mobilidade urbana esaneamento, além de investimentos em espaços para queas torcidas que não forem aos estádios acompanhem aspartidas.Durante aaudiência na Câmara, o deputado Sílvio Torres(PSDB-SP), presidente da Comissão de FiscalizaçãoFinanceira e Controle, adiantou que em dezembro o Congresso e o Tribunal de Contas da União (TCU)deverão lançar um portal na internet paraacompanhar os investimentos na Copa de 2014.