Fernando César Oliveira
Repórter da Agência Brasil
Curitiba – A Secretaria de Saúde do Rio Grande do Sul informou hoje (2) a ocorrência de mais quatro mortes de pacientes com o vírus Influenza H1N1, o que eleva para 52 o total de mortes da doença no estado desde janeiro.
Dos 52 pacientes mortos no Rio Grande do Sul, 25 tinham outras doenças associadas, além da influenza A (H1N1) - gripe suína. Das últimas quatro mortes, duas ocorreram no dia 24 de julho. As outras duas, nos dias 25 e 30 do mesmo mês.
O maior número de mortes no estado foi verificado na 25ª semana do ano, entre os dias 17 e 23 de junho, quando 11 pessoas morreram. Esse número caiu para dez nas duas semanas seguintes e para oito na 28ª semana. O número de casos confirmados da doença vem caindo desde junho.
"Observa-se uma discreta tendência de queda [das mortes] a partir da 28ª semana [de 8 a 14 de julho]", diz trecho de boletim epidemiológico divulgado hoje pela secretaria gaúcha. "Ressalte-se que os dados são preliminares e podem sofrer alterações."
Em Santa Catarina, onde 72 já morreram em 2012, não há novas mortes desde 23 de julho. O Paraná, que contabiliza 33 óbitos, divulgará o seu próximo boletim na segunda-feira (6).
Na semana passada, o Ministério da Saúde divulgou números que indicavam uma curva decrescente das mortes provocadas pela doença no país.
Levantamento do ministério apontou que metade dos pacientes mortos em Santa Catarina recebeu o antiviral oseltamivir, conhecido pelo nome comercial Tamiflu, mais de seis dias após o surgimento dos sintomas. O antiviral, que reduz as chances de evolução da doença para um quadro grave, é mais eficaz nas primeiras 48 horas da doença. Técnicos do ministério estão no Rio Grande do Sul estudando as mortes ocorridas no estado.
Na Região Sul, cujo clima frio facilita a circulação do vírus, as 157 vítimas da doença neste ano equivalem a 19,9% das 789 mortes ocorridas em 2009. O fim da pandemia de influenza A (H1N1) - gripe suína foi decretado em agosto de 2010 pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
Os médicos brasileiros estão orientados a receitar o oseltamivir a todos os pacientes com síndrome gripal residentes nos estados onde há maior circulação do vírus Influenza H1N1. A recomendação é que isso seja feito mesmo antes de resultados de exames laboratoriais ou sinais de agravamento da doença. A síndrome gripal é caracterizada pelo surgimento simultâneo de febre e tosse ou dor de garganta, dor de cabeça, dor muscular ou nas articulações.
Edição: Fábio Massalli