Fernando César Oliveira
Repórter da Agência Brasil
Curitiba – A Secretaria de Saúde do Rio Grande do Sul confirmou hoje (23) a ocorrência de mais oito mortes causadas pela influenza A (H1N1) – gripe suína. Agora são 46 os casos fatais ocorridos no estado este ano. No Paraná, a Secretaria Estadual de Saúde anunciou mais duas mortes, elevando para 25 o total de óbitos. Assim, com as 62 em Santa Catarina, sobe para 133 o total de mortes este ano na região Sul.
Nos três estados foram registrados até agora 1,9 mil casos da doença: 899 no Paraná, 685 em Santa Catarina e 316 no Rio Grande do Sul.
O total de mortes registradas até o momento na Região Sul, este ano, equivale a 16,9% do que foi verificado em 2009, quando 789 pessoas morreram nos três estados. Naquela ocasião, o mundo passou por uma pandemia da doença, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS).
O Ministério da Saúde deve enviar, na próxima quinta-feira (26), mais 400 mil doses da vacina ao Paraná. Com isso, o estado pretende imunizar as crianças de 2 a 5 anos incompletos, que não fazem parte dos grupos priorizados na campanha nacional de vacinação. Em Curitiba, que tem entre 60 mil e 70 mil crianças nessa faixa etária, a vacinação começou hoje.
Na última sexta-feira (20), o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, reafirmou que não há risco de uma nova epidemia no país. Conforme o ministro, o que existe hoje é uma maior circulação do vírus e uma maior estrutura para a sua detecção.
A gripe é caracterizada pelo surgimento simultâneo de febre e tosse ou dor de garganta, dor de cabeça, muscular ou nas articulações. Os médicos de todo país estão orientados a prescrever o Tamiflu aos pacientes que apresentarem quadro de síndrome gripal, mesmo antes dos resultados de exames ou sinais de agravamento. O medicamento, que reduz as chances de que a doença evolua para um caso grave, tem maior eficácia nas primeiras 48 horas desde o início dos sintomas.
Edição: Aécio Amado