Fernando César Oliveira
Repórter da Agência Brasil
Curitiba – O total de pacientes com o vírus Influenza H1N1 mortos este ano chegou a 144 na Região Sul do país. Nesta quinta-feira (26), a Secretaria de Saúde de Santa Catarina confirmou mais dez mortes – nove delas ocorridas antes do último dia 19. A décima morte aconteceu no dia 23. Outra morte foi confirmada pela Secretaria de Saúde do Rio Grande do Sul.
Essas 11 mortes não estão contabilizadas no balanço do Ministério da Saúde divulgado ontem, que contém dados das secretarias estaduais de Saúde até dia 21 e que contabilizava 210 óbitos em todo o país.
Das 144 mortes registradas em 2012 na região, 72 ocorreram em Santa Catarina, 47 no Rio Grande do Sul e 25 no Paraná, que divulgará novo boletim na segunda-feira (30).
Em todo o país, de janeiro até o último dia 21 de julho, houve 210 mortes causadas pela Influenza A (H1N1) – gripe suína. Esse número corresponde a 10,2% do registrado em 2009, quando 2.060 pessoas morreram no Brasil em razão da doença.
Na Região Sul, as 144 mortes deste ano equivalem a 18,2% do total das 789 verificadas em 2009. O fim da pandemia foi decretado em agosto de 2010 pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
De acordo com o Ministério da Saúde, é possível afirmar que o pico da doença este ano foi ultrapassado.
Nesta quinta-feira, o ministério reforçou a orientação para que os médicos receitem o antiviral oseltamivir, conhecido pelo nome comercial Tamiflu, a todos os pacientes com síndrome gripal residentes em estados com maior circulação do vírus Influenza H1N1, mesmo antes de resultados de exames laboratoriais ou sinais de agravamento da doença. A pasta também divulgou um cartaz com orientações específicas aos médicos.
Todos os estados e municípios estão abastecidos com o oseltamivir. O governo federal repassou às secretarias estaduais de saúde 418,8 mil caixas do remédio. Cada caixa contém dez comprimidos, suficientes para um tratamento completo.
A síndrome gripal é caracterizada pelo surgimento simultâneo de febre e tosse ou dor de garganta, dor de cabeça, muscular ou nas articulações. O antiviral, que reduz as chances de que a doença evolua para um caso grave, tem maior eficácia quando tomado nas primeiras 48 horas desde o início dos sintomas.
Edição: Fábio Massalli