Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil
Brasília – Os deputados Brizola Neto (PDT-RJ)) e Protógenes Queiroz (PCdoB-SP) farão hoje (18) novas tentativas para verificar de perto a crise na Líbia que já dura cinco meses. Os parlamentares, por meio de seus blogs, informaram que os bombardeios e a insegurança os impedem de passar pela fronteira da Tunísia – onde estão – rumo à Líbia.
“Amanhã [hoje, 18] vou a Djerba, na Tunísia, fronteira com a Líbia, para continuar os encontros com representantes dos dois lados em busca de um diálogo entre as partes”, disse Protógenes em seu blog. Brizola Neto optou por publicar nota de repúdio à violência dos ataques registrados na Líbia.
“Nós , integrantes da delegação brasileira que tem como missão ir à Líbia conhecer de perto a situação no país do Norte da África, que está sendo vítima de bombardeios diários, queremos manifestar nosso repúdio às recentes ações aéreas da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) a vilarejos da cidade de Zhaltan”, disse Brizola Neto, no blog.
Ele e Protógenes viajaram a convite da organização não governamental (ONG) Fact Finding Commision on the Current Events in Lybia. A ONG tem o objetivo de investigar e fiscalizar as irregularidades cometidas nos territórios em conflito na região.
Protógenes se queixa dos bombardeios, que atribuiu à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), conta que conversou com o diplomata Márcio Augusto dos Anjos, da Embaixada do Brasil na Líbia, e também com integrantes da oposição ao líder líbio, Muammar Khadafi.
Na nota de repúdio, publicada por Brizola Neto, ele acusa a Otan de cometer excessos. “De antemão, fica possível atestar que a Otan está extrapolando os princípios e objetivos de sua atuação em território líbio”, disse ele. “Entendemos que a única forma de acabar com a crise enfrentada pela Líbia é a realização de um plebiscito, sob a supervisão da Organização das Nações Unidas (ONU), para que o povo decida o regime de sua preferência.”
Desde março, a crise está instaurada na Líbia. Manifestantes protestam pedindo a renúncia do presidente Muammar Khadafi, há 42 anos no poder. Porém, o líder resiste. A situação se agravou com a decisão da Otan de instaurar uma área de exclusão aérea na região. Embates entre as forças de segurança do governo Khadafi, integrantes da oposição e da Otan são diários.
Edição: Graça Adjuto