Da Agência Lusa
Brasília - O Conselho de Segurança das Nações Unidas estendeu para hoje (17) a discussão sobre projeto de resolução que impõe uma zona de exclusão aérea na Líbia. A ideia é votar a proposta ainda hoje (17), segundo a embaixadora dos Estados Unidos no órgão, Susan Rice. Também está em discussão a possibilidade de ampliar as sanções à Líbia como pressão para o presidente Muammar Khadafi recuar nos confrontos com a oposição.
Com a aprovação de uma zona de exclusão aérea, o espaço aéreo no país será supervisionado por forças estrangeiras, impedindo eventuais ataques pelo ar. Para a comunidade internacional, a medida limitará a ação das forças leais a Khadafi e bombardeios a civis, por exemplo.
“Estamos discutindo um conjunto de ações que achamos que podem ser eficazes para proteger civis, incluindo uma zona de exclusão aérea. A nossa visão é que precisamos contemplar passos que vão além da zona de exclusão”, disse Rice.
A embaixadora afirmou que a imposição da zona de exclusão “tem limitações”, mas não especificou se entre as outras opções consideradas está a possibilidade de ataques aéreos contra alvos do regime de Khadafi, como solicitou a posição líbia.
O representante da Líbia nas Nações Unidas, Ibrahim Dabbashi, que abandonou o apoio a Khadafi, informou que há cinco países árabes dispostos a contribuir militarmente para um ataque ao governo. Ele não quis, no entanto, citar quais são esses países. No conselho, Dabbashi apelou pela aprovação da imposição da zona de exclusão aérea.
A proposta em discussão no Conselho de Segurança foi sugerida pelos representantes do Reino Unido, da França e do Líbano. Segundo Susan Rice, a maioria dos membros do conselho está “focada em tomar ações rápidas e significativas”.
No mês passado, o Conselho de Segurança das Nações Unidas aprovou sanções à Líbia, como a proibição da venda de armas ao país e o congelamento dos bens de Khadafi, seus parentes e aliados.
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