Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil
Brasília – Ao completar nessa terça-feira (15) um mês de confronto com a oposição, o presidente da Líbia, Muammar Khadafi, chamou os adversários políticos de “ratos” e disse que o Ocidente quer “roubar” o petróleo líbio. As afirmações foram feitas durante discurso para simpatizantes, em Trípoli, a capital líbia, ainda sob poder do governo. As informações são da agência pública de notícias de Portugal, a Lusa.
Khadafi negou que em 30 dias de confrontos entre forças leais ao governo e oposição cerca de mil pessoas tenham morrido, como afirmam as organizações não governamentais. No poder há quase 42 anos, o presidente líbio insiste em manter-se no comando, apesar das pressões internas e externas.
O líbio demonstra ignorar que a comunidade internacional discuta uma intervenção militar no país ou a imposição de uma zona de exclusão aérea. Para Khadafi, há um conluio para tirá-lo do poder em decorrência dos poços de petróleo existentes na Líbia.
Paralelamente, os governos da França, da Inglaterra e da Alemanha tentam negociar um acordo no Conselho de Segurança das Nações Unidas em busca de consenso para aprovar uma ação mais efetiva na Líbia. O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Antonio Patriota, afirmou que o governo brasileiro apoia apenas o que for aprovado no conselho.
Khadafi e sua família estão com os bens congelados, por ordem da comunidade internacional. O Tribunal Penal Internacional, em Haia, na Holanda, investiga o presidente líbio em decorrência de denúncias de crimes contra a humanidade, como torturas e assassinatos, entre outros.
Edição: Graça Adjuto