Daniel Mello
Repórter da Agência Brasil
São Bernardo do Campo - O ministro da Secretaria de Diretos Humanos da Presidência da República, Paulo Vannuchi, defendeu hoje (2) que a abordagem do tema das pessoas com deficiência seja tratado principalmente como uma questão de direitos humanos.
Para ele, esse ponto de vista deve se sobrepor à visão que encara o assunto como de saúde ou de assistência social. “Tem 25 milhões de pessoas que estão aí [no Brasil] e não têm que ser entendidas como pessoas que têm um problema de saúde”, disse. O ministro participou de um debate sobre acessibilidade no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo do Campo.
O ministro disse que garantir o acesso dessas pessoas ao mercado de trabalho e até a meios de entretenimento, como o cinema, é uma forma de estabelecer “a igualdade de direitos”, entre todos os cidadãos. Mas para que isso seja possível, Vannuchi destacou a importância de que empresas e instituições façam adaptações em seus produtos, serviços e instalações. Como exemplo, citou a necessidade de audiodescrição em cinemas e o cumprimento das cotas de deficientes no preenchimento das vagas de emprego.
A forma de garantir isso é, de acordo com o ministro, criar uma cultura de apoio a pessoas com esse tipo limitação, derrubando o que ele chama de “barreiras de atitude”. “Criar um sistema em que quando alguém perceber que pode ajudar uma pessoa que tem algum tipo de deficiência, se dispor a isso, gostar de fazer isso”.
A educação inclusiva, que coloca na mesma sala de aula crianças com e sem deficiência, é na opinião de Vannuchi umas das maneiras de fomentar a solidariedade desde cedo. “A educação inclusiva é fundamental para as crianças sem deficiência, é uma lição de vida”, afirmou.
Edição: Aécio Amado