Federação do Comércio do RJ considera adequada manutenção da taxa básica de juros

20/10/2010 - 21h18

 

Douglas Corrêa

Repórter da Agência Brasil

 

Rio de Janeiro – A manutenção da taxa básica de juros pelo Comitê de Política Monetária (Copom) está em sintonia com o cenário atual: alta sazonal dos preços de alimentos, valorização do real e crescimento mais brando da economia mundial. A avaliação foi feita pelo presidente da Federação Nacional do Comércio do Rio de Janeiro (Fecomércio-RJ), Orlando Diniz, ao comentar a decisão unânime do Copom, do Banco Central, de manter a taxa básica de juros (Selic) em 10,75% ao ano.

 

Em nota, Diniz diz que “às vésperas do Natal, um aumento na taxa de juros iria na contramão da expectativa para a principal data de vendas do comércio – ao bom desempenho do setor e à sua contribuição par ao emprego. Mas é preciso ir além. Só será possível manter o ritmo do crescimento sem necessidade de elevar a Selic para conter a inflação, se o governo gastar de forma mais eficiente, com menos despesas correntes e mais investimentos.”

 

O Sistema Firjan também divulgou nota com avaliação sobre a medida do Comitê de Política Monetária. “O contexto externo de juros e crescimento baixos nos países desenvolvidos oferece ao Brasil a oportunidade única de crescer sem riscos às metas inflacionárias estabelecidas”.

 

O texto avalia que, “além disso, o fim do incentivo ao crédito e fiscais domésticos amplia o espaço para a redução do juro básico da economia. Nesse sentido, o Sistema Firjan acredita que, mais uma vez, o país perdeu a oportunidade de reduzir o alto custo de financiamento imposto a consumidores e empresas e, consequentemente, de elevar a taxa de investimento da economia, fator fundamental à manutenção do crescimento nos próximos anos”.

 

Edição: João Carlos Rodrigues