Policiais civis da Bahia fazem paralisação de 24 horas e reivindicam novas contratações

11/01/2010 - 13h37

Pedro Peduzzi
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Policiais civis da Bahia realizam hoje (11) uma paralisaçãode 24 horas, como forma de reivindicar a contratação de 340 agentes eescrivães aprovados no concurso de 1997, ainda não nomeados paraexercer o cargo. Segundo o presidente do Sindicato dos Policiais Civisda Bahia (Sindipoc), Carlos Gomes Lima dos Santos, “desde abril de2009 a justiça baiana deu ganho de causa aos concursados”, o que foinegado pelo delegado-geral da Polícia Civil, Joselito Bispo da Silva. “Não houvenenhuma demanda judicial”, garantiu o delegado-geral  à Agência Brasil. Noentanto, ele admite que por causa de uma “falha de edital”, o concursorealizado em 1997 continua válido até os dias de hoje. “O exercíciofinanceiro precisa ser feito dentro de metas preestabelecidas noorçamento. Com isso, não podemos fazer essas nomeações sem uma análisemais apurada das condições financeiras e orçamentárias do estado. Casocontrário corremos risco de descumprir a Lei de ResponsabilidadeFiscal”, argumenta Silva.Segundo ele, “devido ao erro do edital preparado por outro governo”, o estado sequer pode realizar novos concursos. O presidente do sindicato afirma que há falta de profissionais no estado. “A Bahia tem uma carência decerca de 3 mil profissionais. São apenas 3.761 servidores, enquantoque, para cumprir o que define a lei orgânica, deveríamos ter  6.640.”"Oque reivindicamos é a contratação de pessoal através de concursopúblico para Polícia Civil e nomeação dos concluintes do curso deformação em 2009, como forma de amenizar a sobrecarga de trabalho”, acrescenta o presidente do Sindipoc. De acordo com o presidente do sindicato, ações que envolvam flagrantes, o atendimento a vítimasde estupro e a remoção de corpos continuamsendo prestados, apesar da paralisação.