MPF aciona empresas de Paulo Octávio por possíveis prejuízos à Funcef e à Caixa

11/01/2010 - 13h42

Jorge Wamburg
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Cinco ações cíveisforam propostas na Justiça Federal pelo procurador da RepúblicaCarlos Henrique Martins Lima contra duas empresas do vice-governadordo Distrito Federal (DF), Paulo Octávio (DEM) e dois ex-diretores doFuncef, o fundo de pensão dos funcionários da Caixa EconômicaFederal, por irregularidades na construção do Brasília Shopping. Tais irregularidades teriam gerado ao Funcef e à Caixa prejuízo deR$ 27 milhões, dinheiro que deverá ser devolvido se as açõesforem julgadas procedentes.O vice-governador é um dosacusados de envolvimento em um suposto esquema de pagamento depropinas a políticos do DF, desvendado pela Polícia Federal naOperação Caixa de Pandora. O esquema seria chefiado pelo governadorJosé Roberto Arruda, cujo impeachment foipedido pela seccional da Ordem dos Advogados do Brasil no DF.A Paulo Octávio Investimentos Imobiliários e a PrincipalEmpreendimentos Imobiliários e Construções são as responsáveispela construção do shopping.Os ex-diretores doFuncef acusados de má gestão do dinheiro do fundo empregado na obrasão Sergio Nunes da Silva (Administração, de outubro de 1993 anovembro de 1996) e José Carlos Barbosa de Moraes (Imobiliário, denovembro de 1996 a janeiro de 1999). O procurador Martins Lima estáde férias, mas o Ministério Público Federal confirmou que as açõestratam de irregularidades como pagamentos antecipados indevidamentepelo término da obra e de taxas de administração nãocomprovados.De acordo com a Procuradoria da República, osprejuízos causados ao Funcef têm reflexos na Caixa EconômicaFederal, que participa da administração do fundo e, por isso, elatambém foi incluída nas ações pelo procurador. Inaugurado em1997, o Brasília Shopping está situado em um dos principais pontoscomerciais da Asa Norte de Brasília, no Plano Piloto da cidade.