Inmetro desenvolve projeto para uso direto de óleo vegetal em motores a diesel

11/01/2010 - 5h09

Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O Instituto Nacionalde Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro) estádesenvolvendo, em parceria com a montadora Fiat, um projeto na área debiocombustíveis para transformar motores a diesel em motoresque conseguem trabalhar diretamente com óleo vegetal virgem. Segundorevelou à Agência Brasil o presidente do Inmetro, JoãoJornada, “não precisa fazer o biodiesel. O sujeito pode ir lá no meiodo mato pegar os grãos que ele tem, como a soja, espremer, filtrar e jáusar no motor dele”.O projeto está em fase experimental e será inaugurado em fevereiro pelopresidente Luiz Inácio Lula da Silva. João Jornadarevelou que o projeto envolve tecnologia, motor e certificação.Tambémna área de biocombustíveis, o Inmetro pretende este ano consolidar umadas mais importantes parcerias firmadas em 2009, com  o NationalInstitute of Standards and Technology (Nist), órgão similar doinstituto nos Estados Unidos. “Nós desenvolvemos conjuntamenteos primeiros padrões de medição para biocombustíveis. E  isso éfundamental para a transformação do biocombustível em commodity(produtos agrícolas e minerais comercializados no mercadointernacional) porque aí você tem padrões facilmente acessíveis dequalidade”. Os padrões desenvolvidos pelo Inmetro e o Nistestão sendo usados agora nos principais laboratórios da ComunidadeEuropeia para aferir a capacitação desses laboratórios em medir aqualidade dos biocombustíveis. O projeto com a União Europeia é denominado Biorama. João Jornada afirmou que esses projetostêm impacto ambiental muito grande. “E nós pretendemos desenvolvervários programas que tenham foco na área ambiental, para ajudar naquestão da sustentabilidade”.Ainda na área de sustentabilidadeambiental,  com vistas a uma maior eficiência energética veicular, oInmetro está desenvolvendo projetos para etiquetagem de veículos comrelação ao consumo de combustíveis, dentro do programa que pode servirde base para uma política tarifária do governo, disse Jornada.