Caixa e Funcef dão explicações sobre ações do MPF contra empresas de Paulo Octávio

11/01/2010 - 16h57

Jorge Wamburg
Repórter da Agência Brasil
Brasília - ACaixa Econômica Federal divulgou hoje (11) nota oficial informando que“vem prestando todos os esclarecimentos demandados” pelo MinistérioPúblico Federal envolvendo a relação da Fundação dos EconomiáriosFederais (Funcef) com o grupo Paulo Octávio nos anos 90 e que é objeto de cinco ações cíveis, nomontante de R$ 27 milhões, ajuizadas na justiça federal pelo procuradorda República Carlos Henrique Martins Lima. O dono do grupo, Paulo Octávio (DEM), é o vice-governador doDistrito Federal. A Funcef, por suavez, diz que não tem mais negócios com o grupo Paulo Octávio. As açõestêm como réus as empresas Paulo Octávio Investimentos Imobiliários ePrincipal Empreendimentos Imobiliários e Construções, responsáveis pelaconstrução do Brasília Shopping, um dos principais centros comerciaisda cidade, na Asa Norte da Capital da República. Também foramincluídos nos processos dois ex-diretores doFuncef na época da construção do shopping: Sergio Nunes da Silva(Administração, de outubro de 1993 a novembro de 1996) e José Carlos Barbosa de Moraes (Imobiliário, de novembro de 1996 a janeiro de1999). O shopping foi inaugurado em 1997 e, se acordo com as ações,diversas irregularidades foram constatadas nos pagamentos feitos peloFundo à construtora de Paulo Octávio. Por sua vez, a Funceftambém em nota oficial, disse que seus negócios com a empresa PauloOctávio Investimentos Imobiliários Ltda ocorreram no período 1997 a1999 e “compreenderam parcerias para a edificação de um Shopping Centerassociado a prédio comercial e a um hotel de categoria superior, asaber, Brasília Shopping e Alvorada Hotel”. A Funcefesclarece ainda que um terceiro negócio – uma parceria para desenvolvimentode empreendimento imobiliário residencial na Asa Norte SQN 311, (em Brasília), pormeio de fundo imobiliário, também foi desenvolvido e está em processo deliquidação junto aos órgãos competentes, com a dissolução da sociedade. “Aatual diretoria da Fundação acrescenta que desde 2003, quando assumimosa direção desta Fundação, não houve mais negócios com o referido grupoempresarial”. Ainda segundo a nota da Funcef, “todas assolicitações de informações feitas no bojo das investigações sobre asoperações realizadas no passado por órgãos de controle e fiscalizaçãotêm sido prontamente atendidas e a Funcef já se colocou à disposiçãodas autoridades competentes para prestar todos os esclarecimentosjulgados necessários”. As ações foram ajuizadas em dezembro doano passado em quatro varas da Justiça Federal de Brasília: 20ª, 9ª(duas), 7ª e 8ª. Elas tratam de pagamento de obras anteriores aocontrato, reajuste do metro cúbico de concreto, taxa de administração,pagamento antecipado pelo término da obra e diferença de aportes(recursos) feitos à construtora.