Tecnologia da informação cresceu mais que a economia em 2009

08/01/2010 - 5h42

Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O setor brasileiro detecnologia da informação (TI) cresceu em 2009 “acima do que se poderiaimaginar”, disse hoje (8) à Agência Brasil o presidente da AssociaçãoBrasileira das Empresas  de TI e Comunicação (Brasscom), Antonio Gil.Dados preliminares divulgados pela entidade indicam que o setor cresceu acima da economia, mostrando expansão de 6% a 8%.“Ovolume de faturamento também foi robusto”, disse Gil. Ele estimou quesomente o setor de TI, excluindo telecomunicações, deve ter faturadocerca de US$ 65 bilhões, “o que faz com que o Brasil seja,provavelmente, o oitavo maior mercado de TI do mundo”. Incluindotelecomunicações, o faturamento do setor deve se aproximar de US$ 140bilhões,  “o que vai representar de 7% a 8% do Produto Interno Bruto(PIB)”, que é a soma dos bens e serviços produzidos no país.Noque se refere às exportações, a  Brasscom espera  que as operaçõestenham alcançado US$ 3 bilhões, revelando incremento em relação aos US$2,2 bilhões exportados no ano anterior. Antonio Gil destacou, porém, que o crescimento “ainda é pequeno frente  aos US$ 50 bilhões deexportação  [de sofwares, isto é, programas de computador, e de serviçosde TI] da Índia”.Antonio Gil  informou que a tendência do setoré se deslocar para o interior do país, em particular para o  Nordeste.Locais como  Recife, Salvador, Campina Grande e Fortaleza, além deCuritiba e o interior paulista, são atrativos. “A competênciabrasileira está totalmente difundida pelo país. Mas, no interior, existeum interesse muito grande de atrair empresas desse setor”, afirmou.Váriasprefeituras têm procurado a Brasscom, interessadas em sediar empresasde TI. Para isso, oferecem benefícios, como redução de imposto deserviço e do Imposto Territorial Urbano (IPTU), “às vezes colocandofacilidades à disposição das empresas que queiram se instalar ali.Então, você vai ter um grande desenvolvimento fora dos grandes centros do Rio de Janeiro e São Paulo, que são muito caros”, acrescentou Gil.