Novo embaixador americano diz que pretende aprofundar parceria EUA-Brasil para o Século 21

08/01/2010 - 0h51

Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O novo embaixador dosEstados Unidos no Brasil, Thomas Shannon, chegou hoje (8) pela manhãa Brasília.Bem-humorado e em um português fluente, ele agradeceu apresença da imprensa que o aguardava e disse que é um prazer estarde volta ao Brasil, onde serviu de 1989 a 1992.Shannon afirmou quese esforçará para aprofundar as relações com o governo brasileiroe elaborar uma agenda comum Brasil-Estados Unidos para o Século 21.“É um grande prazer estar de volta aqui no Brasil. É um paísmuito importante para nós. Vamos começar a trabalhar hoje(sexta-feira), aprofundando a parceria para o Século 21”,disse o embaixador norte-americano.A ideia do diplomata é entregaros documentos ao Itamaraty ainda hoje.Por quase oito meses, o Senado norte-americano protelou a aprovaçãodo nome de Shannon por falta de consenso entre republicanos edemocratas.Shannon foi indicado pelo presidente Barack Obama aindaquando ocupava a Subsecretaria do Departamento de Estado para asAméricas. A indicação ocorreu em maio do ano passado, mas só em24 de dezembro de 2009 houve a aprovação.Shannon vai apresentarsuas credenciais ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva nospróximos dias, mas ainda não há data definida. Para o governobrasileiro, a escolha de seu nome para comandar a Embaixada dosEstados Unidos é motivo de comemoração, já que Shannon é um dosmelhores representantes da diplomacia norte-americana.Com uma extensacarreira diplomática, Shannon foi assistente da Embaixada dosEstados Unidos no Brasil. Ele passou também pelas embaixadas daVenezuela – país que mantém uma tensa relação com os EstadosUnidos – e África do Sul – exatamente no período dasnegociações pelo fim do apartheid (regime de segregaçãoracial).Até novembro de 2009, Shannon ocupava o cargo de subsecretário doDepartamento de Estado para as Américas. A controvérsia em torno desua indicação foi causada pelas divergências da política internanorte-americana. Os vetos ao seu nome - que foram retiradosposteriormente – foram dos senadores republicanos Jim DeMint eGeorge LeMieux.Tanto DeMint quantoLeMieux discordavam das posições assumidas por Shannon na conduçãodas negociações dos Estados Unidos para buscar um acordo pelo fimda crise política em Honduras. Os norte-americanos foramresponsáveis pela intermediação de um acordo para que o presidentedeposto hondurenha, Manuel Zelaya, retornasse ao poder. O acordo nãofoi efetivado.