Marli Moreira
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - O Índice de Preços aoConsumidor Semanal (IPC-S), medido pelo Instituto Brasileiro deEconomia (Ibre) da Fundação Getulio Vargas (FGV) ficou em 0,51% naprimeira prévia de janeiro, 0,27 ponto percentual acima da variaçãoapurada na pesquisa anterior, encerrada em 31 de dezembro de 2009(0,24%).A taxa é a maior desde setembro do ano passado,quando o IPC-S ficou em 0,56%.Cinco dos sete grupos pesquisadosapresentaram acréscimos. Os demais apresentaram variação inferiorà registrada na última apuração: saúde e cuidados pessoais, quepassou de 0,24% para 0,23%, e vestuário, de 1,02% para 0,93%.O resultado geraldo IPC-S foi puxado principalmente pelo reajuste dos itensalimentícios, que subiram de 0,20% para 0,87%. As maiores elevaçõesocorreram nos preços das hortaliças e dos legumes, com taxa de2,45%, acréscimo de 3,51 pontos percentuais.No grupotransporte, a taxa passou de 0,30% para 0,78%, com destaque para atarifa de ônibus urbano, que ficou 1,08% mais cara. Em habitação,o índice subiu de 0,14% para 0,18%, sob influência da alta emmaterial de limpeza (de 0,28% para 0,67%). No grupo educação,leitura e recreação (de 0,30% para 0,40%), a pressão mais fortefoi a dos cursos formais, que apresentaram alta de 0,62%, depois deterem apresentado estabilidade no levantamento passado. Nas despesaspessoais (de 0,17% para 0,21%), a alta é reflexo da tarifa postal,que aumentou em 2%. Na lista de produtos que maisinfluenciaram a variação do IPC-S estão: cenoura, cuja taxa passoude 46,33% para 37,40%; mamão papaia, de 24,26% para 15,48%; tarifade ônibus urbano, de variação nula para 1,08%; vagem comum, de26,04% para 32,31%; e alface, de 6,16% para 7,50%.