Venda de veículos em 2009 é a melhor da história

07/01/2010 - 16h25

Elaine Patricia Cruz
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - Avenda de veículos no Brasil em 2009 foi a maior da história. Balançodivulgado na tarde de hoje (07) pela Associação Nacional dosFabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) mostrou que 3,14 milhõesde veículos foram licenciados em 2009, um desempenho 11,4% maior que em2008. A maior quantidade de vendas foi deveículos de motor flex fuel, responsáveis por 88,2% das vendas, enquanto osveículos importados representaram 15,6% desse total de vendas.“Houveuma recuperação, uma superação daquilo que tivemos no final de 2008,muito influenciada por medidas específicas de estímulo ao retorno docrédito, à diminuição do IPI que foi um fator fundamental porque, de certa forma, além do efeitode diminuição de preços teve também um componente emocional importanteporque chamou o consumidor para a loja e também com a própriarecuperação da economia brasileira”, ressaltou o presidente da AnfaveaJackson Schneider. A produção da indústria automobilísticanacional, no entanto, apresentou queda de 1% em comparação a 2008. Em 2009,segundo a Anfavea, foram produzidos 3,18 milhões de unidades. A queda, de acordo com Schneider, foi pouco representativa e “não tem efeitoeconômico”. Já para 2010, a previsão do setor é de crescimento de 8%, com a produção de 3,4 milhões de unidades. SegundoSchneider, as preocupações do setor para este ano continuam concentradas na exportação e no mercado interno. A meta é a de retomar o mercado exterior de antes da crise econômica. Em 2009, as exportaçõesdo setor foram de US$ 8,3 bilhões, um decréscimo de 40,5% emcomparação a 2008, quando as venda externas representaram US$ 13,9 bilhões. No mercado interno, que está em crescimento, a intenção é a de manter posição e evitar a entrada de concorrentes de fora. Outro desafio queSchneider considera importante é a definição da matriz energéticaveicular, debate que ele acredita que vai ter início em 2010.“Todosas grandes indústrias do mundo estão fazendo um investimentosignificativo na busca de qual será a nova matriz energética veicular.Pode ser que ela não se dê em termos de solução como uma matrizenergética mundial. Ela pode se dar para produtos de forma distinta,diferente dependendo do produto, como também diferente dependendo daregião. O Brasil tem uma história de sucesso com o etanol e que nãopode ser jogada fora”, disse Schneider.