Impasse em Minas põe em risco aliança nacional entre PMDB e PT, afirma Eduardo Cunha

07/01/2010 - 13h40

Marcos Chagas
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Segundo maiorcolégio eleitoral do país, Minas Gerais recebe atençãoproporcional a sua dimensão política nas costuras de alianças paraas eleições presidenciais deste ano entre os principais partidosgovernistas e da oposição. No PMDB, o deputado e interlocutor nas conversas com o PT, Eduardo Cunha (RJ), admitiu àAgência Brasil que a coligação formal entre os doispartidos em torno do apoio à possível candidatura da ministra-chefe da CasaCivil, Dilma Rousseff, à Presidência corre risco caso não se feche uma aliançaestadual entre as duas siglas.“Minas Gerais é o impasse.Se não resolver fica difícil. Se Minas degringolar porá em risco[a aliança nacional], uma vez que o estado terá, naconvenção nacional, 69 votos”, afirmou Cunha. Com trêspré-candidatos ao governo do estado, o PT e o PMDB não chegaram aum consenso em torno de um nome.Os peemedebistas querem oapoio do PT à candidatura do ministro das Comunicações, HélioCosta. Por outro lado, os petistas tem dois pré-candidatos, oministro do Desenvolvimento Social, Patrus Ananias, e o prefeito deBelo Horizonte, Fernando Pimentel.Essa “briga interna” noPT, de acordo com Eduardo Cunha, tem inviabilizado as conversas entreos dois partidos para a aliança num estado onde, de acordo com opeemedebista, não há como se ter dois palanques. “Com o Patrus émais fácil de compor, mas o Fernando Pimentel é mais problemático”,acrescentou o peemedebista.Eduardo Cunha acrescentou quesomente em fevereiro peemedebistas e petistas retomarão as conversassobre as alianças nos estados.Já o líder do PT na Câmara,Cândido Vaccarezza (SP), é mais otimista quanto a um acordo. Paraele, as conversas com o PMDB evoluirão para um acordo em que os trêspré-candidatos continuarão a colocar seus nomes ao eleitorado e, emmaio, quem tiver melhor colocação nas pesquisas de opinião públicaserá o candidato apoiado pelos dois partidos para o governomineiro.O petista ressaltou que a costura da aliançanacional entre o PT e o PMDB de apoio à possível candidatura deDilma à Presidência está acima das composições estaduais. “Nãoacredito que os estados serão impeditivos para a aliança nacional”,disse Vacarezza.