Foco da crise na Argentina, presidente do Banco Central não participa de reunião do diretório

07/01/2010 - 12h54

Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Sob pressão do governoargentino para renunciar ao cargo, o presidente do Banco Central(BC), Martín Redrado, não conduziu hoje (7) a reunião do diretóriodo órgão. A reunião foi comandada pelo vice-presidente, MiguelPesce. Segundo a Telam,agência de notícias oficial a Argentina, Redrado comunicou na noitede ontem (6) que não participaria do encontro.Desde ontem, apresidente Cristina Kirchner defende a demissão de Redrado. Ambosdivergem sobre a condução da política econômica no país. ParaKirchner, o BC deveria liberar recursos das reservas para o pagamentoda dívida externa, mas Redrado é contra. A pressão pela saída deRedrado gerou uma nova crise no país vizinho.Redradoreiterou hoje que não vai deixar o cargo. “Estou trabalhando comonos últimos cinco nos para garantir a estabilidade financeira, aprevisibilidade cambiária, que são elementos indispensáveis paraassegurar o crescimento e a tranquilidade de todos os argentinos”,disse ele.Paralelamente a oposição a Kirchner no CongressoNacional ameaça recorrer à Justiça, se a presidente insistir emusar recursos das reservas para o pagamento da dívida externa. Abase de apoio ao governo é minoria entre os 257 deputados e 72senadores que integram o Parlamento argentino.