Ana Luiza Zenker
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Um dos objetivos e diferenciais do Programa Mais Cultura é dar a devida importância para as discussões sobre a produção cultural no Brasil, segundo explicou hoje (16) a secretária de Articulação Institucional e coordenadora-executiva do programa, Silvana Meireles, durante o Teia Brasília 2008, em Brasília.“[O ponto mais importante do programa] é o deslocamento que houve da cultura de uma condição periférica para o centro de uma política de desenvolvimento do país,. Ele integra hoje a agenda social do governo”, afirmou, em entrevista à Agência Brasil.Segundo ela, as metas “físicas” são ousadas “e dão outra escala ao trabalho do Ministério da Cultura”. Essas metas são: zerar o número de municípios sem biblioteca pública; chegar a 2010 com ter mais de três mil bibliotecas modernizadas; ter 3 mil pontos de cultura e 20 mil pontos de brincar, de memória, de exibição audiovisual, incluídos os pontinhos de cultura.“Mais do que as metas físicas, acho que é [preciso] continuar colocando a cultura com o seu papel central no desenvolvimento, mas sobretudo que esse programa chegue na ponta, no cidadão, na comunidade e que eles se apropriem disso, até para garantir a continuidade do programa”.Um outro diferencial, de acordo com a secretária, é o público para quem ele se destina, que são os cidadãos das classes C, D e E, “com um recorte prioritário para a juventude”.O Mais Cultura foi lançado em outubro do ano passado e conta com orçamento de R$ 4,7 bilhões até 2010. Desse total, R$ 2,2 bilhões são do governo e R$ 2,5 bilhões de parcerias com estatais, empresas privadas e estados. Neste um ano, 16 estados aderiram à iniciativa e 23 fizeram convênio e estão lançando editais para a criação de pontos de cultura.