Patrus diz que mais pobres não devem pagar conta da crise financeira

16/11/2008 - 23h16

Roberta Lopes
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Os mais pobres nãodevem pagar a conta da crise financeira provocadapelos Estados Unidos, afirmou hoje (17) o ministro do DesenvolvimentoSocial e Combate à Fome, Patrus Ananias, durante abertura da15ª Reunião de Ministros e Autoridades do DesenvolvimentoSocial do Mercosul e Estados Associados.“Em momentos de criseé que o Estado deve atuar de forma mais vigorosa para proteger a população, principalmente os pobres, de seuefeito negativo. Sob o aspecto ético e humano, a manutençãode políticas sociais impede que a fatura, a conta, chegue aosque não têm como pagar. Mas, mesmo do ponto de vistainstrumental, manter o consumo das classes mais pobres é umaalternativa para buscar saídas dessa situação[de crise] ”, disse.O embaixador do Chileno Brasil, Alvaro Diaz, afirmou que em momentos de crise émuito importante que os governos invistam na área social. “Acrise sempre gera um perigo de aumento da pobreza e nós temos quefazer políticas para que isso não aconteça, paraque a pobreza não aumente e para que os pobres tenham acesso àeducação, à saúde. E também porque aspolíticas sociais ajudam a manter a demanda dos mais pobres eisso gera condições para manter o crescimento daeconomia”, explicou.Segundo Diaz, oorçamento chileno para a área social em 2009será de US$ 8,3 bilhões, superior ao deste ano, de US$ 7 bilhões.No Brasil, só nas ações do Ministério doDesenvolvimento Social e Combate à Fome, foram investidos R$28,51 bilhões este ano, o equivalente a cerca de US$ 14,21 bilhões. Para o próximo ano, estão previstos no orçamento da pastaem torno de US$ 16,56 bilhões.