BNDES lança livro para divulgar etanol brasileiro no mundo

16/11/2008 - 9h54

Nielmar de Oliveira
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Bioetanol de Cana-de-Açúcar -Energia para o Desenvolvimento Sustentável é otítulo do livro que o Banco Nacional de DesenvolvimentoEconômico e Social (BNDES) lança amanhã (17), naabertura do Seminário Internacional sobre Biocombustível,em São Paulo. <!-- @page { margin: 2cm } P { margin-bottom: 0.21cm } -->Com a íntegra disponível no site www.bioetanoldecana.org, olivro Bioetanol de Cana-de-Açúcar – Energia para oDesenvolvimento Sustentável foi elaborado e escrito peloprofessor Luiz Augusto Horta Nogueira, da Universidade Federal deItajubá (Unifei), com base em pesquisas realizadas por cercade 30 especialistas.Também colaboraram com a iniciativa, aComissão Econômica para a América Latina e oCaribe (Cepal) e o Escritório Regional da Organizaçãodas Nações Unidas para a Alimentação eAgricultura (FAO) para a América Latina e Caribe.O trabalho é o primeiro que consolida osdiversos aspectos do setor, sendo obra coletiva, porémredigida por uma só pessoa. Disso resultada, na avaliaçãodo BNDES, “sua singularidade que é a grande unidade deestilo e conteúdo, garantindo-lhe coerência interna”.O objetivo da obra é tornar o etanolbrasileiro mais conhecido no mundo, vencer a barreira de desconfiançaque ainda cerca o produto no que diz respeito a aspectos diversos dacadeia produtiva, e servir de subsídio para a abertura de umdiálogo internacional no sentido de construir um mercadomundial de biocombustíveis, especificamente o etanol dacana-de-açúcar.O livro é uma compilaçãodidática das principais características do etanolbrasileiro, suas vantagens econômicas, sociais e ambientais eas diferenças entre o produto brasileiro, derivado da cana, onorte-americano, extraído do milho, e o europeu, retirado dabeterraba e do trigo.Para o chefe de Departamento da Área de.Planejamento do BNDES, Paulo de Sá Campello Faveret Filho, olivro foi o modo encontrado pelo governo federal para vencer adesconfiança que ainda cerca o etanol brasileiro em algunspaíses, principalmente por causa da desinformação.Segundo Campello, a obra apresenta “de maneiracoerente, e muito consistente”, o etanol para leigos, especialmenteestrangeiros.“Nossa intenção é que eleajude a eliminar uma parte da desinformação que existee a consolidar o produto como uma commodity energéticade primeiro nível”.Para o autor do livro, HortaNogueira, a desinformação sobre o etanol não égratuita.“As empresas que estão bem, do ponto devista da energia e a exportam para o mundo, sempre colocaramobstáculos ao uso do etanol. Mas é hoje transparenteque vários países podem reduzir as suas importaçãode combustíveis e dinamizar a sua economia apenas substituindoos derivados fósseis [petróleo, carvão ederivados] por produto local proveniente da cana, gerando empregoe renda”.Para ele,  o problema é que alémde enfrentar a barreira de países poderosos, como os membrosda Organização dos Países Exportadores dePetróleo (Opep), é necessário produzir etanol em bases não-sustentáveis. “O etanol que éproduzido na Itália, na Alemanha, usa o trigo como matériaprima e isto afeta diretamente a produção de alimentos.Outros usam a beterraba, o milho e não a cana”.A proposta do governo, tendo como ponta de lançao BNDES, é promover no início do próximo ano umroad show (evento itinerante)para levar informações sobre o etanol a pelomenos quatro grandes blocos continentais: América do Norte,América Central e Caribe, América do Sul e Europa.