Lourenço Canuto
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Depois de 15 dias de manifestações em Brasília, os servidores civis das Forças Armadas e Ministério da Defesa tiveram a promessa do Ministério do Planejamento de que até o dia 31 de agosto será estudada uma solução para suas reivindicações.A informação foi dada pelo presidente da Associação Nacional dos Servidores Civis das Forças Armadas (Anprafa), Luis Cláudio Santana, depois de encontro com o ministro da Defesa, Nelson Jobim, no final da tarde de hoje (4). Segundo Santana, os servidores querem que parte dos 90 mil trabalhadores da categoria seja acomodada "num plano de cargos e salários específico na área do Ministério da Defesa, para quem não está incluído em nenhuma carreira, como é o caso do pessoal do Plano Geral de Cargos do Poder Executivo (PGPE)". De acordo com Santana, a categoria conta com o apoio do ministro Nelson Jobim.Dos 90 mil servidores civis das Forças Armadas, 65 mil estão no PGPE e 15 mil na carreira de tecnologia militar, que está pedindo melhoras salariais, conforme Santana. O restante está distribuído em áreas como a de ciência e tecnologia, magistério e no Hospital das Forças Armadas. Dos 90 mil servidores, 50 mil trabalham no Rio de Janeiro e 10 mil em Brasília.Santana ponderou que a criação de um plano de cargos para a categoria não implica em alteração de legislação, pois basta manter a denominação funcional e a atribuição do servidor e colocá-los num plano de carreira específico.