Isabela Vieira
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A taxa de desemprego em março caiu, em relação a fevereiro, e a renda do trabalhador diminuiu 0,6%, em relação ao mês anterior, embora tenha crescido 2% na comparação com 2007. O rendimento médio real habitual dos ocupados no período avaliadochegou a R$ 1.188,90.Os dados foram divulgados hoje (24) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e, segundo a economista Adriana Beringuy, "pode-se ter um processo de novas contratações, ainda que pequenas, feitas com salários inferiores aos anteriormente registrados".A massa de rendimento real da população ocupada nas seis regiões pesquisadas pelo IBGE foi estimada em R$ 25,2 bilhões. Em relação a janeiro, houve alta de 0,4% e na comparação com fevereiro de 2007, de 6,4%. Em São Paulo a taxa ficou estável, enquanto houve queda em Recife (-0,4%), Salvador (-5,9%) e Porto Alegre (-1,1%). As altas foram registradas em Belo Horizonte (2,7%) e Rio de Janeiro (2,9%). Para as novas contratações e a redução do desemprego, a economista do IBGE destacou a contribuição do consumo e da oferta de crédito, que aqueceram a economia. Ela cita a taxa da população ocupada, que ficou estável em março apesar da queda de 0,6% ante fevereiro. Na comparação com março de 2007 a pesquisa aponta crescimento de 3,5%.Na avaliação de Beringuy, a taxa de desemprego em março deste ano tem um comportamento atípico. O mês, explicou, costuma ser de baixas, devido ao fim das contratações sazonais de fim de ano. “Ao contrário do que vinha ocorrendo em outros anos, o mês de março, que historicamente registrava aumento na taxa de desemprego, marcou o contrário – ainda que pequena, a queda chamou a atenção porque foge dos padrões", disse.