Motociclistas querem mais tempo para se adaptar às novas regras para capacetes

04/01/2008 - 21h56

Tatiane Saraiva
Da Agência Brasil
Brasília - Os motociclistas têm procurado as lojas de acessórios na capital em busca dos equipamentos que o Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) tornou obrigatórios desde terça-feira (1º) nos capacetes. O gerente de uma destas lojas, Rogério Willian de Oliveira, informou que "o movimento não pára de crescer, já que os motociclistas deixaram para a última hora a adaptação às novas regras", que incluem o uso de um adesivo que reflete a luz e a proibição de colocar películas nas viseiras dos capacetes. Outra exigência do Denatran é que todos os capacetes tenham selo de certificação do Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro). Segundo o comerciante, não é só oadesivo que vai mudar a situação. "Toda nova regraque venha a melhorar a segurança no trânsito éválida, mas é preciso investir muito na questão da educação domotociclista e dos motoristas", disse Oliveira. O motociclista AntônioOscar Constantino também disse considerar a regulamentação válida pela segurança, mas lamentou o curto prazo para a adaptação, porque a fiscalização já foi iniciada. Ele lembrou que o selo do Inmetro usado noscapacetes antigos era muito frágil e desbotava com o tempo. "Os capacetes novos vêm com um selo melhor, mas o preço está muito alto", lamentou.Para outro motociclista,William Jonatas, a responsabilidade não deve ser dosmotociclistas e sim dos fabricantes: "Eles devem lançar ocapacete com o selo e adesivos." Jonatas apontou um prejuízoestético para os motociclistas: a obrigatoriedade de colocar os adesivos mesmo em capacetes “mais trabalhados” ecaros.Para quem nãocumprir as novas regras, a resolução do Denatran prevê punição de cinco pontos na CarteiraNacional de Habilitação e multa de R$ 127,69. E paraquem estiver sem capacete, a multa é de R$ 191,54, além de suspensão da carteira.