Secretário apresenta o Pronasci a governadores de quatro estados do Sul

18/10/2007 - 20h35

Lucia Nórcio
Repórter da Agência Brasil
Curitiba - O secretário executivo do Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci), Ronaldo Teixeira da Silva, apresentou hoje (18) aos governadores Roberto Requião (PR), Yeda Crusius (RS), André Puccinelli (MS) e Luiz Henrique da Silveira (SC), durante reunião do Codesul (Conselho de Desenvolvimento e Integração Sul), detalhes do programa do governo federal para enfrentamento da criminalidade.

O  índice de homicídios no Brasil é atualmente de  29,6%  por 100 mil habitantes. No Paraná, é de 33,8% e se for levado em conta o jovem de 15 a 29 anos, esse índice salta, na região metropolitana de Curitiba, para 63% por 100 mil habitantes. “Esses índices preocupam e levaram o governo a elaborar programas de segurança pública aliados a projetos sociais, que articulam a repressão qualificada com ações de prevenção para inibir o crime”, disse o secretário.

O Pronasci, explicou, traz ações estruturais e programas locais como a modernização das instituições de segurança pública e do sistema prisional. Onze regiões inicialmente indicadas recebem oficinas onde o programa é apresentado. O ministro da Justiça já assinou convênios com o Rio Grande do Sul, o Rio de Janeiro e a Bahia.

Os governadores de Mato Grosso do Sul e de Santa Catarina reivindicaram a inserção no Pronasci e o secretário explicou que as 11 regiões inicialmente indicadas são as que têm os mais altos índices de violência, mas “nenhum estado está fora dos 94 projetos e ações – vamos ver quais são os peculiares a cada região e os que forem pertinentes serão implementados".

O secretário informou que para os próximos quatro anos o programa prevê investimento de R$ 6,7 bilhões. E destacou a necessidade de "tirar da agenda política as questões de segurança pública e torná-las agenda de Estado". Segundo ele, "não bastam apenas mais empregos, educação e ação social – no estágio de violência em que nos encontramos, temos que aliar esse procedimento à necessidade de mais armamentos e mais presídios".