Erich Decat
Da Agência Brasil
Brasília - A proposta de reformapolítica, que está em votação na Câmara dos Deputados, foi um dos temasabordados no primeiro dia do 50º Congresso da UniãoNacional dos Estudantes (UNE), que se realiza na Universidade de Brasília até domingo (8). Parlamentares, representantes de entidades de classe e estudantes discutiram questões incluídas na proposta, como a fidelidadepartidária, o financiamento público das campanhas e o voto emlista, entre outras. A diretora Nacional de Mulheres da UNE, Tatiana Oliveira, disse considerar "bastante limitadas" as atuaispropostas e defendeu mecanismos que garantam maior presença feminina nas decisões políticas. “Qualquer sistema eleitoral tem que trabalhar essaparticipação feminina. Infelizmente, o número deparlamentares que se preocupam com essa pauta ainda é muitopequeno”, afirmou. Ela acrescentou que a UNE tem "uma proposta concreta, que é a alternância de um nome feminino e um masculino na formulaçãodas listas partidárias”.
Para o universitário gaúcho Pedro Henrique Closs Thomé,que também participou do debate, "não está claro o que é essa reforma – só quem tem uma concepção política, quem participade um debate específico, por exemplo, sabe do que se trata”. Thomé reivindicou maior participação da sociedade nas discussões da proposta e culpou a mídia pela falta de esclarecimento: “A maioria das emissoras de televisão, principalmente as decanal aberto, não passa o que realmente está sendodebatido. E quando passa, é a síntese de uma síntese”.
Para amanhã (6), de acordo com a organização doencontro, estão previstos painéis e semináriosque abordam, entre outros temas, a democratização dos meios de comunicações; o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento); e a busca do desenvolvimento sustentável. Às 15 horas deverá ser iniciada a passeata Verás que um filho seu não foge àluta, na Esplanada dos Ministérios.