Lourenço Canuto
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A competitividade das empresas chinesas deverá cair até 2013, quando o país deverá participar da Organização Mundial do Comércio (OMC), com o reconhecimento internacional como economia de mercado. A avaliação é do secretário de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Armando Meziat, para quem "o governo chinês deverá abrir mão de encargos contra as empresas internas e reduzirá os fortes subsídios que aplica atualmente e que tornam seus produtos mais baratos no mercado internacional". Segundo Meziat, o Brasil estuda atualmente 14 processos do empresariado brasileiro em relação a produtos chineses. Na área de têxteis e calçados, por enquanto, a solução que o governo encontrou foi aplicar a tarifa de importação do Mercosul, de 35%, contra os 20% que eram cobrados das importações. O secretário ressalvou que "não foram ainda aplicadas salvaguardas contra os produtos chineses, mas isso poderá ainda acontecer". As exportações anuais do Brasil significam apenas cerca de 15% do valor global da China, estimado em US$ 1 trilhão por ano, lembrou Meziat. Podem ser aplicadas medidas de salvaguarda como elevação do Imposto de Importação, por meio de adicional à Tarifa Externa Comum (TEC) e restrições quantitativas dos volumes comprados. Na definição do ministério, são medidas de "urgência" aplicadas contra as importações de produtos determinados, independentemente de sua procedência, "e que podem ser usadas unicamente durante o período necessário para prevenir ou reparar o dano comercial e facilitar o reajuste da indústria nacional".