Shirley Prestes
Repórter da Agência Brasil
Porto Alegre - O presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, garantiu que a estatal, o Grupo Ultra e a Braskem farão novos investimentos no Rio Grande do Sul. Segundo ele, a aquisição do Grupo Ipiranga é apenas o início das aplicações previstas para o estado: “O que pretendemos com a aquisição e o controle do grupo gaúcho é potencializar e aumentar ainda mais a nossa presença no estado”. Ele destacou a participação da estatal com a Refinaria Alberto Pasqualini (Refap), em Canoas e da Liquigás, no Pólo Petroquímico de Triunfo, a 60 quilômetros da capital. E explicou que o Grupo Ultra ficará com a rede de distribuição de combustíveis Ipiranga nas regiões Sul e Sudeste e a Petrobras, no Norte, Nordeste e Centro-Oeste, “mantendo, por até cinco anos, a marca Ipiranga, que será substituída gradualmente pela marca da BR Distribuidora". Gabrielli descartou também a possibilidade de demissões nas empresas. “A Petrobras, que está aumentando sua participação ativa na petroquímica nacional e, embora minoritária, vai ter mais influencia na gestão da Companhia Petroquímica do Sul (Copesul), não vê nenhum impacto para o emprego”, ressaltou.O presidente da Petrobras anunciou ainda que a Refinaria Ipiranga, em Rio Grande, será controlada em partes iguais pela estatal, pelo Grupo Ultra e pela Braskem, “que se comprometeram a torná-la mais operacional e a dar continuidade às atividades”. Durante entrevista coletiva, o presidente do Grupo Ultra, Pedro Wongtschowski, disse que a incorporação dos ativos do Grupo Ipiranga vai ampliar as operações da empresa na área de distribuição, com as marcas Ultragaz e Ipiranga assumindo a vice-liderança no setor. “É um investimento importante no mercado brasileiro de combustíveis e de biocombustíveis”, afirmou. José Carlos Grubisich, presidente da Braskem, lembrou que empresa está presente no Rio Grande do Sul desde a fundação do Pólo Petroquímico de Triunfo, onde decidiu concentrar os recursos de desenvolvimento e pesquisa e onde registrou sua primeira patente no estado. “Atualmente, 20% do faturamento da Braskem – que está entre as dez primeiras empresas petroquímicas do mundo - vêm de produtos desenvolvidos no Rio Grande do Sul”, afirmou.