Consumidor não será afetado por venda do grupo Ipiranga, avalia Fecombustíveis

19/03/2007 - 20h19

Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - A venda do grupo Ipiranga para o consórcio formado pela Petrobras e os grupos Braskem e Ultra não representará nenhum problema para a distribuição de combustíveis que possa afetar o consumidor, avalia o presidente da Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e de Lubrificantes (Fecombustíveis), Gil Siuffo. Ele salientou que é preciso levar-se em consideração que o mercado de combustíveis é disputado pelos postos de gasolina.                                                                                                                                               "A Ipiranga, embora tivesse sob a bandeira dela 3,2 mil postos que estão passando para a Petrobras, esses postos têm autonomia, são empresas independentes, operam e ao mesmo tempo fazem concorrência entre si. Eu não vejo nenhum problema, absolutamente", afirmou. Siuffo descartou por completo que o consumidor venha a sofrer algum tipo  de prejuízo."Eu acho que pode até ser vantagem para o consumidor, na medida em que a Petrobras, com maior escala, pode até reduzir custos que viriam para os postos e para o consumidor". A divisão de negócios entre a Petrobras e a Ultra no setor de distribuição feita esta manhã, de acordo com comunicado divulgado ao mercado pela Ultra, afasta qualquer possibilidade de monopólio, avaliou o presidente da Fecombustíveis.“Com isso, a Petrobrás está assegurando o mercado para o produto que ela produz no Brasil. Ela hoje produz quase dois milhões de barris de petróleo. É melhor para ela que tenha este produto com mercado assegurado, que seria o mercado brasileiro”, disse Siuffo. Pelo acertado, o grupo Ultra ficará com a distribuição de combustíveis e lubrificantes nas regiões Sul e Sudeste, mantendo a marca Ipiranga. Já a Petrobras ficará com as operações no Norte, Nordeste e Centro-Oeste.Siuffo acrescentou não ver nenhum problema nessa divisão “porque hoje nenhuma empresa importa petróleo". Ele esclareceu que todo petróleo consumido no Brasil vem da refinaria da Petrobrás. “De modo que o mercado continua com cerca de 30 mil postos. E o maior número de postos hoje, inclusive, são os de bandeira branca (independentes)”, revelou.