Brasil precisa investir mais em pesquisa para continuar líder na área de biocombustível, diz Furlan

15/03/2007 - 16h06

Kelly Oliveira
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O Brasil precisa investir mais em pesquisa na área debiocombustíveis para se manter à frente de outros países na produção docombustível alternativo. A defesa é do ministro do Desenvolvimento, Indústria eComércio Exterior, Luiz Fernando Furlan, ao participar hoje (15) da abertura deseminário com secretários estaduais de Ciência e Tecnologia. “Temos uma dianteira muito importante nessa área. Mas amanutenção dessa dianteira depende de investimentos em pesquisa edesenvolvimento. Outros países estão desenvolvendo pesquisas com celulose,bagaço de cana-de-açúcar. É importante que tenhamos agilidade para não perdeesse benefício histórico de 30 anos de experiência”, alertou Furlan.Na estimativa de Furlan, o Brasil investe mais de R$ 300milhões por ano em biocombustíveis. E comparou o investimento brasileiro com odos Estados Unidos, que está previsto em US$ 160 milhões (cerca de R$ 336milhões) anualmente, em dez anos. “Não conseguimos até agora compilar o quantoo Brasil investe em biocombustíveis. Mas se analisarmos, o Brasil não investemenos do que os Estados Unidos. Estamos falando em mais de R$ 300 milhões, porano, e há muitas iniciativas dos setores público e privado caminhando”, ressaltouFurlan.O ministro da Ciência e Tecnologia, Sérgio Rezende, por suavez defendeu que as pesquisas devem ser desenvolvidas em parceria com osgovernos estaduais. “Esse é um trabalho que precisa ser feito com os estados,porque a agricultura para produzir esses biocombustíveis está nos estados”,afirmou Rezende. Rezende disse ainda que em até três meses o governo concluiráum programa para a área de biocombustíveis, com recursos do  Ministério daCiência e Tecnologia, do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social(BNDES), Petrobras e dos estados. “Depois da montagem é que vamos saber osrecursos que são necessários”, disse o ministro da Ciência e Tecnologia.