Diretor da Petrobras aposta em produção de campos na Nigéria

11/11/2005 - 19h11

Rio, 11/11/2005 (Agência Brasil - ABr) - O impacto da entrada em produção, prevista para 2008, dos dois campos de petróleo na Nigéria, nos quais a Petrobras participa em associação com a Shell e a estatal Nioc (Nigerian Oil Company), será significativo para a empresa brasileira de petróleo e gás, em razão da produção. A avaliação foi feita hoje pelo diretor financeiro e de relações com investidores da Petrobrás, Almir Barbassa.

Ele informou que se trata de dois campos gigantes cuja produção de petróleo leve, da qual o Brasil ainda é carente, "deve ser próxima ou maior do que 100 mil barris/dia". Acrescentou que "o fato de a gente ter uma produção de petróleo leve só vai dar mais garantia de que nós teremos sempre o petróleo de que vamos precisar". Barbassa admitiu que, como a Petrobras é importadora da Nigéria, parte dessa produção de óleo leve poderá vir para o Brasil. Observou, entretanto, que "não necessariamente esse precisa ser o destino desse petróleo".

Os técnicos da área de comercialização da estatal irão examinar a conveniência em matéria de custos e deslocamentos, acrescentou, lembrando que a Petrobras produz óleo em Angola desde 1980 "e raramente esse óleo vinha para o Brasil". O mesmo ocorreu em relação à Colômbia, onde a Petrobras produz desde a década de 1970.

Almir Barbassa afirmou que "trazer ou não trazer (petróleo) para o Brasil é uma questão econômica, decidida na época em que a empresa tiver as cargas lá".