Rio, 11/11/2005 (Agência Brasil - ABr) - O diretor financeiro e de relações com investidores da Petrobras, Almir Barbassa, analisou hoje (11) que os desembolsos que a estatal deverá efetuar neste último trimestre do ano, relativos ao sétimo leilão de petróleo e gás, realizado pela Agência Nacional do Petróleo em outubro, vão aumentar o volume de investimentos que a estatal alcançou, até setembro, de R$ 16,921 bilhões.

Barbassa reconheceu a existência de uma defasagem de cerca de R$ 11 bilhões entre os investimentos realizados e a meta prevista para este ano, em torno de R$ 29 bilhões. Ele admitiu, inclusive, que "é difícil atingir esses R$ 11 bilhões" nos três últimos meses do exercício. Estimou que o resultado, em termos de investimentos, deverá ficar entre 10% a 15% abaixo da meta. "Se ficar 10% abaixo, a empresa fechará investimentos em torno de R$ 25 bilhões", avaliou.

Segundo o diretor da estatal, isso se deve à dificuldade de execução física das obras, envolvendo materiais, equipamentos e serviços, sobretudo relacionados à área de engenharia. Afirmou, contudo, que "não há um gargalo específico – é a complexidade das obras da empresa, são as dificuldades naturais de execução".

Almir Barbassa disse, ainda, que a desvalorização do dólar também foi um fator que contribuiu para esse resultado. No exercício passado, os investimentos da Petrobras somaram R$ 21 bilhões.