Sociedade tem controle sobre rádio comunitária, diz coordenador de rede

23/06/2005 - 21h13

São Paulo, 23/6/2005 (Agência Brasil - ABr) - O coordenador da Rede Viva Rio de Rádios Comunitárias, Tião Santos, defendeu hoje que "a rádio verdadeiramente pública no país é a comunitária, porque a sociedade tem o controle sobre ela". Em encontro que discute o papel dos modelos de radiodifusão no Brasil, ele ressaltou que a rádio comunitária avança no país "como um poderoso instrumento de desenvolvimento local, porque fala das questões de interesse da comunidade local e discute de que forma os problemas serão resolvidos".

Tião Santos lembrou que existem cerca de 15 mil rádios comunitárias no Brasil, mas apenas 2,5 mil operam com autorização provisória ou definitiva. Ressalvou que as rádios da rede que representa cumprem a regulamentação do setor, de acordo com a lei 9.612 aprovada em 1998, já que contam com conselhos comunitários compostos com pelo menos cinco entidades cujo papel é o de "fiscalizar e gerenciar coletivamente cada emissora".

As rádios que operam ilegalmente, acrescentou, já pediram autorização, mas o "processo é lento e burocrático, o que dificulta o acesso das comunidades a esse meio de comunicação". Na opinião do coordenador, "se os governos e a sociedade brasileira olharem para as rádios como de fato um instrumento que pode ser uma grande alavanca para o desenvolvimento local, vamos estar em um bom caminho".