Aline Beckestein
Repórter da Agência Brasil
Rio – "Queremos lembrar que, hoje no país, 40 milhões de pessoas não têm acesso à água potável, e que mais de 70 % das internações hospitalares pediátricas no Brasil são provenientes doenças transmitidas pela água contaminada", afirma Samuel Barreto, coordenador do Programa Água para a Vida da WWF-Brasil.
A organização não-governamental WWF-Brasil realizou, hoje, um ato em comemoração ao Dia Mundial do Meio Ambiente e em defesa dos mananciais e da promoção ao acesso de água potável para os brasileiros. Foi utilizada uma torneira, colocada em frente à estátua do Cristo Redentor, que jogava água num balde inflável de quase 15 metros de altura.
Samuel Barreto também disse que a manifestação destacou a necessidade da proteção dos corpos d’água, mananciais e áreas florestais. Segundo ele, a situação é crítica em vários estados brasileiros, e citou o caso do Rio, que dependeria basicamente de um único manancial, responsável por transportar água do Rio Paraíba do Sul para o Rio Guandu, que abastece quase que 80% das pessoas que vivem na região metropolitana, cerca de oito milhões de pessoas.
"Esse manancial nos últimos 10 anos vem sofrendo grandes impactos, desde crescimento urbano desordenado, na região de Campo Grande e Santa Cruz, na zona oeste, por onde passa a parte da Bacia do Guandu, até mesmo atividades clandestinas como mineração, desmatamentos, queimadas e lixões".
O ambientalista também criticou a demora na despoluição da Baía de Guanabara "que já consumiu milhões de dólares e que ainda não apresentou um resultado significativo".