Spensy Pimentel
Enviado especial

Seul (Coréia do Sul) - A área de siderurgia é a mais promissora em curto e médio prazo para atrair investimentos coreanos para o Brasil, avalia Walter Cover, secretário-executivo da Sala de Atração de Investimentos, órgão vinculado à Casa Civil da Presidência da República.

"Nós tivemos importantes passos nessa área. As principais empresas coreanas mostraram interesse em participar de associações no Brasil, especialmente com a Vale do Rio Doce", contou Cover, após participar, junto com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, de café da manhã com representantes de grandes empresas coreanas.

Cover disse ainda que, de forma geral, os brasileiros viram o interesse coreano: "Nós percebemos que havia uma sede de conhecimento muito grande sobre as condições do Brasil. O presidente Lula foi muito enfático em dizer que nós iremos facilitar esse processo de investimento".

Para o secretário, o aporte de tecnologia coreana no Brasil é especialmente aguardado. "É um casamento feliz de um país que tem mercado e recursos e um país que cresceu muito ultimamente na área de tecnologia, e certamente tem muito o que nos ensinar", afirmou.

Cover lembrou ainda que também falaram com os empresários os ministros Roberto Rodrigues, da Agricultura, e Dilma Rousseff, das Minas e Energia. "Eles foram muito enfáticos em mostrar um novo campo de desenvolvimento no etanol e na energia renovável, de biodiesel, principalmente", explicou o secretário.

Para Cover, esse setor "certamente vai entusiasmar muito os coreanos", que "são parte de um país que depende fundamentalmente do petróleo e certamente vêem aí uma possibilidade de investir e usufruir dessas novas fontes de energia".