Brasília, 30/3/2005 (Agência Brasil - ABr) - A participação da comunidade na solução dos problemas dos jovens e a integração de ações do Poder Judiciário e da área de Segurança Pública, além da contribuição do governo estadual, por meio da Febem (Fundação do Bem Estar do Menor), fizeram de São Carlos, no interior de São Paulo, um modelo no trato com o problema do menor infrator.
A opinião é do secretário Especial de Infância e Juventude da cidade de São Carlos, o padre salesiano Agnaldo Soares Lima, que participa do programa Diálogo Brasil, realizado pela TV Nacional em cadeia com a TV Cultura de São Paulo e a TVE do Rio de Janeiro e transmitido em rede pública para 822 pontos no país.
O tema hoje é a recuperação de jovens infratores e o debate reúne ainda, em São Paulo, o vice-presidente da Febem estadual, César Morales, e no Rio, o diretor do Departamento de Ações Sócio Educativas da Febem, Sérgio Novo. Segundo o padre Agnaldo Soares Lima, a agilidade de procedimentos, fazendo com que o adolescente veja que não ficará impune e terá resposta rápida para seus delitos, alterou a situação que a cidade de São Carlos vivia.
Para Sérgio Novo, o artigo 86 do Estatuto da Criança e do Adolescente contempla tudo o que se precisa fazer em torno do delito do jovem infrator. Na opinião do diretor, o que foi feito em São Carlos precisa ser repetido em outras cidades. E citou o Rio de Janeiro onde, segundo ele, "ainda há muito o que fazer".
O promotor César Morales destacou a decisão do governo estadual de criar 41 novos centros de internação em São Paulo: "A criação de unidades mais próximas da origem familiar do menor assistido traz resultados positivos para a recuperação dele."