Iolando Lourenço
Repórter da Agência Brasil

Brasília - A Câmara dos Deputados retomou, há pouco, a votação da Medida Provisória 232, que corrige a tabela do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) e aumenta tributos. Logo que se atingiu o quórum de 257 deputados, o presidente da Câmara dos Deputados, Severino Cavalcanti (PP-PE), colocou em discussão requerimento assinado pelo vice-líder do governo, Vicente Cascione (PTB-SP), e pela liderança do PT, propondo a retirada de pauta da MP.

Sob protestos dos partidos de oposição, a base aliada defendeu a aprovação do requerimento para ter mais tempo de elaborar projeto de lei que trata dos mesmos dispositivos da medida. Ao encaminhar pela aprovação do requerimento, o vice-líder do governo, Beto Albuquerque (PSB-RS), disse que a oposição estava partindo para uma queda de braço, porque o acordo de ontem era para rejeitar a MP. Segundo ele, Albuquerque, a oposição passou a trabalhar para fatiar a matéria e aprovar somente a correção do Imposto de Renda. "Nós fizemos acordo para rejeitar integralmente a MP, como queria a oposição".

Os líderes da oposição protestaram contra a retirada de pauta da MP, argumentando que era preciso votar hoje a correção da tabela do Imposto de Renda de forma fatiada, como prevê o requerimento do PSDB. O requerimento foi rejeitado em votação simbólica, mas o governo pediu votação nominal, que foi aceita pelo presidente Severino Cavalcanti. Os partidos da base governista estão orientando os deputados da base a entrarem em obstrução, para, com isso, adiar mais uma vez a votação da medida provisória.